Quando eu soube que ela tinha caído e quebrado o dente (permanente e da frente 😱), minha primeira reação foi colocar a mão na cabeça e tentar conter o pânico ao imaginar como fazer para consertá-lo.
Em seguida, entrei em contato com o consultório de tia Paulinha, expliquei o ocorrido e pedi que marcassem um horário.
No tempo transcorrido entre a marcação e a consulta em si, sempre que podia, sinalizava a Leti que em breve consertaríamos seu dentinho. E ela fazia cara de paisagem. Mas eis que o dia chegou!
E ela entrou no padrão esperado para uma situação como essa: ansiedade extrema!
Acordou repetindo, como um mantra: "tia Paulinha não." Puxava a blusa a ponto quase de rasgá-la, transpirava, e repetia: - tia Paulinha não!
Expliquei que ela precisaria consertar o dente, tentando antecipar o que seria feito no consultório e reforçando que não haveria dor, falei da última consulta do seu irmão, e, num dado momento, peguei o livro "Quem tem medo de dentista" para lermos juntas.
Mas nada adiantava! 😞😞😞 Daí chegou a hora da consulta! E ela foi ficando mais enfática, mudando seu mantra para: - eu não quero ir! (O que pode parecer a mesma coisa mas, na nossa relação, tem uma diferença enorme já que, ao falar de SEU desejo e não só de uma mera resistência, procuramos validar mais tais colocações). Neste momento expliquei que, tratando-se de saúde, e estaríamos cuidando da sua saúde bucal, não poderíamos negociar como fazemos quando ela não deseja nos acompanhar em alguma programação.
Ela então chegou no consultório, puxou tia Paulinha pelo braço, sentou -se diretamente na cadeira de atendimento e, de maneira surpreendente, colaborou, à sua maneira, para que o trabalho pudesse ser feito.
Ao final, não queria sair da frente do espelho, admirando sua nova versão 😍😍😍 (Eu fico aqui babando, percebendo sua maturidade, e agradecendo a dedicação, paciência e competência de sua dentista linda 🙌)
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