sábado, 29 de agosto de 2015

Densidade, Autoconhecimento e Aprendizado

A semana por aqui foi densa! Não encontro outro adjetivo que a caracterize melhor. Foi uma semana para avaliar e reavaliar a maternidade, redefinir procedimentos, conectar redes, tomar decisões importantes, avançar e retroceder. Foi uma semana de assombro diante de culpas que, vez por outra, insistem em me visitar. E de surpresas, por conseguir estabelecer elos com o passado que começam a me fazer entender algumas coisas que me atormentavam.

Ainda estou digerindo tudo que vivi ao longo da semana para elaborar meu plano de ação. (Ai, quem dera que fosse simples assim...)

Dois episódios em específico me levaram a este momento: o retorno de alguns comportamentos autoagressivos de Leti e a queda de rendimento escolar de Lipe (coisa que nunca tinha acontecido).

Em relação a Leti, tenho conversado com os profissionais que lidam com ela para tentar descobrir o "por quê" destes comportamentos e um "como" tentar fazer melhorar. Mas, desde que comecei a maratona de diálogos, há aproximadamente três semanas, já sinto uma redução da intensidade. Neste período, além de conseguir conversar com todos os profissionais da "rede de apoio", foram promovidos encontros entre Ciranda x Escola; Escola X Psicóloga Individual e, agora, estamos tentando viabilizar um outro entre Ciranda X Psicóloga. As redes estão se conectando, se mobilizando, tentando falar uma mesma língua...

A providência seguinte foi marcar uma avaliação com um médico sugerido pela equipe da Ciranda. A ideia é focar na ansiedade exacerbada de Leti que, talvez, seja a causa para a compulsão alimentar, para a péssima qualidade de sono, e para os comportamentos autoagressivos. A consulta será em São Paulo, mas ainda em outubro.

Até lá, por sugestão da psicóloga de Leti, voltaremos nosso olhar para Leti em si, tentando não associar os comportamentos que nos incomodam a causas meramente orgânicas, e valorizando tudo que ela cresceu ao longo dos anos, principalmente, no que diz respeito a sua capacidade de expressão.

A abertura do diálogo com os profissionais comprometidos que acompanham minha filha me deixam um pouco mais forte para enfrentar este processo que tem mexido muito comigo.

Quanto a Lipe, infelizmente, por conta da sua adolescência, não me sinto à vontade de fazer (como gostaria) o desabafo do meu processo interno acerca do assunto aqui, para preservar a sua privacidade.

Mas posso dizer que estou vivendo um momento riquíssimo de autoconhecimento que, consequentemente, tem enriquecido muito a nossa relação.

E enquanto as coisas não se acomodam, vou tentando aprender a tirar deste mar turbulento aprendizados que façam de mim uma pessoa melhor...

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