segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Eco Parque Sauípe

Há alguns dias, uma mãe da turminha de Leti da escola vem tentando reunir um grupo para um passeio ao Eco Parque Sauípe.
 
O passeio aconteceu hoje, com apenas 3 coleguinhas da turma, incluindo Leti, nos proporcionando experiências incríveis e deliciosos momentos de interação entre as famílias.
 
 
 
O parque constitui-se sob a forma de OSCIP (Oranização da Sociedade Civil de Interesse Público), e tem como missão a promoção do desenvolvimento sustentável da região em que atua, por meio da proteção e conservação dos recursos naturais, recuperando áreas degradadas e promovendo a criação de corredores ecológicos, bem como o estímulo ao conhecimento dos bens e valores culturais, através da educação.
 
Ele não é aberto ao público, abrindo suas portas apenas para escolas e empresas, com finalidades educacionais específicas, mas, nos meses de janeiro e fevereiro, o Projeto Verão Eco Parque Sauipe possibilita que visitantes explorem o espaço, com seu sem-número de possibilidades, mediante o pagamento de uma taxa de entrada (Hoje, R$ 15,00).
 
Segundo o site Pequenópolis, o parque "situado na Vila Sauipe, Litoral Norte da Bahia (município de Mata de São João), a 77 km de Salvador, conta com espaços físicos de exposição mantidos pelo Instituto Fábrica de Florestas e patrocinados pela Braskem e Cetrel, que também são mantenedoras do Instituto. A proposta é unir lazer e sustentabilidade, reunindo atrativos culturais, ecológicos e educativos para toda a família.

O projeto foi criado com o objetivo de estimular a conservação dos ecossistemas e fomentar a educação ambiental. Desde 1998, o Eco Parque Sauípe protege uma área de 66 hectares na região de transição de dois ecossistemas do bioma Mata Atlântica (a floresta e a restinga), além de fornecer mudas de plantas nativas utilizadas no reflorestamento do Litoral Norte da Bahia. O local tem ainda lagoas, nascentes, variedade de árvores, diversas espécies de animais nativos, como o jacaré de papo amarelo e macaco prego, e diferentes trilhas ecológicas."
 
Quando aceitamos o convite, não imaginávamos a riqueza que a visita nos proporcionaria, e que pretendo compartilhar aqui no blog.
 
 
 
A primeira grande felicidade do dia foi poder ter um momento em família decorrente da iniciativa de alguém do círculo relacional escolar da minha pequena, quando raras são suas oportunidades de interação com os colegas fora da escola, por conta da sua falta de interesse pelo brincar.
 
A beleza natural do lugar foi outro motivo de felicidade, que permeou todo o nosso dia.
 
 
 
O primeiro espaço que visitamos foi a Estação Ambiental Braskem.
 
 
 
 
O espaço tem 750 m² de área construída, distribuída em três módulos. O primeiro é dedicado à utilização do plástico, com destaque para o plástico produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar, uma matéria-prima 100% renovável. Já o segundo módulo é destinado a atividades práticas relacionadas à sustentabilidade, com foco em temas como água, energia e resíduos. Por fim, há um Viveiro Escola, onde os alunos visitantes receberão informações sobre botânica, produção e plantio de mudas nativas da Mata Atlântica e conservação das florestas. (informação aqui).
 
No espaço, pude ver com Mateus forma do uso racional da água, com técnica de aproveitamento da água usada nas pias para utilização nas descargas.
 
Num espaço interativo, que os três adoraram, eles puderam analisar o uso da energia elétrica dos aparelhos que temos em casa. Desenhos de vários deles no chão (como TV, ferro, micro-ondas, ventilador, secador de cabelo...), quando acionados, faziam acender lâmpadas no teto que representavam a quantidade de energia gasta. Didático e interessante!
 
Num outro espaço, também interativo, pude aprender com Lipe um pouco sobre as formas de energia eólica, solar e hidroelétrica.
 
Uma geladeira compartimentada mostrava a proporção do tipo de resíduos produzidos pelas nossas casa, mostrando possibilidades de reciclagem.
 
Guias simpáticos e preparados sempre se aproximavam para nos prestar informações, o que tornou a visita muito mais proveitosa!
 
O guia que nos acompanhou ao Viveiro também fez toda a diferença, por transmitir, além de informações, paixão pelo tema a que se referia.
 
Ele nos explicou como as mudas (plântulas) eram extraídas do Parque, bioma de Mata Atlântica, e cultivadas no viveiro (primeiro, quando "bebês", num espaço protegido do sol, e depois, quando maiores, num local à parte, em condições similares aos locais onde seriam replantadas) e utilizadas, posteriormente, para reflorestamento. Nos ensinou conceitos de plantas primárias, secundárias e tardias, para explicar a forma como seriam replantadas; explicou como as plantas caducifólias perdem as folhas para economizar energias nas estações mais secas e enfatizou a importância das plantas para a existência da água.
 
Nos informou que o Instituto Fábrica de Florestas, mantenedor do parque, atua em parceria com o Ministério Público na reconstituição da Mata Atlântica, utilizando aquelas mudinhas para recomposição do respectivo bioma. Exemplificou, nos mostrando uma muda de Pau Brasil.
 


 
Pau Brasil
 
Ver aquela quantidade absurda de mudas e saber que estávamos diante de uma Fábrica de Florestas foi, para mim, emocionante!
 
O parque conta, ainda, com o Museu de História Natural e o Núcleo de Arqueologia e de Ciências Naturais Cetrel.
 
Confesso que fiquei tão encantada com o Museu de Ciência Natural, que dei pouquíssima atenção ao de História Natural.
 
Um guia no início da visita nos informou que o espaço seria o 3o maior do Brasil, e que os animais expostos eram conservados através da técnica de taxidermia, segundo a qual todo o interior do corpo era esvaziado e preenchido com isopor (diferentemente do empalhamento).
 
O espaço abriga uma coleção de 380 animais taxidermizados, de 180 espécies, que ilustram os diversos ecossistemas brasileiros.
 
Fiquei simplesmente APAIXONADA pelo espaço! Ficaria um dia inteiro ali, olhando cada especiezinha exposta.
 
Ali as crianças puderam ver aves, mamíferos, répteis... Viram ninhos e pássaros com seus ovos ao lado. Mateus aprendeu sobre os ovíparos. Viu tatu bola aberto, em forma de bola, entrando na toca... Viu cobra comendo um animal. Viu corujas, araras, capivaras, onça. Foi um instigante e delicioso passeio!
 






 
 
Outro ponto alto do parque são as obras de Bel Borba, que estiveram expostas no Shopping da Bahia e que tivemos o prazer de visitar (de que falei aqui), espalhadas por todos os cantos.
 
 
 Além de visitar estes espaços, os meninos desceram na tirolesa, Samir andou de bicicleta com Leti e eu me aventurei no caiaque com Lipe e Teu.
 
 




 



 


 
 
Ao sair do caiaque, fui surpreendida por uma infinidade de girinos de dar arrepio. Nunca imaginei viver para ver aquilo. Fiquei imaginando a quantidade de sapo que habita o lugar (mas aproveitei a oportunidade para explicar a Teteu um pouco sobre os anfíbios).
 
 
No parque pudemos, ainda, fazer piquenique, ler um livro, olhar para o céu, descobrir um novo tipo de inseto, como também, simplesmente, contemplar a beleza do lugar e desfrutar do prazer das agradáveis companhias.
 







 
Um passeio para guardar na memória e no coração!
 
 
 
 
 
 

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