sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Projeto Filho Único Parte 3: Quem Ri por Último Ri Melhor

Seguindo a máxima de que a anterioridade é posto, o momento de filho único de nosso primogênito não se restringiu a um feriadão. Tivemos 18 longos e deliciosos dias para nos curtirmos. E não se limitou às fronteiras territoriais do nosso Brasil, enveredou por terras europeias que tivessem algo a nos contar sobre uma das temáticas preferidas dele: as grandes guerras mundiais.

E foi assim que incluímos Berlim, Varsóvia e Cracóvia em nosso roteiro, além de Londres e Paris que ele já conhecia, mas quis revisitar desacompanhado de "crianças".

A expectativa para essa viagem era grande! Antes mesmo de colocar o #projetofilhounico em ação, já tinha prometido a meu filhote uma viagem pré-stress, antes do início do seu 3º ano do ensino médio, para podermos visitar juntos locais que nos ensinassem, de maneira mais viva, um pouco da parte da História que ele mais curte.

E, como imaginava, ela foi o grand finale para nosso projeto de sucesso de 2018!

Foi delicioso perceber que nosso filho cresceu e já nos acompanha, com prazer, em nossa programação de "adulto". Foi gratificante perceber seu envolvimento, seu conhecimento, sua curiosidade e seu entusiasmo por cada lugar por onde passamos, dos museus de arte aos de história, dos pontos turísticos a céu aberto aos localizados a metros de altura ou de profundidade, dos restaurantes sofisticados aos balcões de comida nas feirinhas de natal...

Foi uma viagem completa, na qual pudemos experimentar um pouco de cultura, arte, história, gastronomia e, principalmente, amor em família!

Foi uma viagem para rir muito e se emocionar muito também; viagem para refletir, para sentir aperto no coração e solidificar certezas quanto às irracionalidades humanas que não devem ser repetidas.

Como foram muitos dias e, consequentemente, muitos passeios, não dá para registrar tudo aqui, mas vou compartilhar um pouco do que foi mais significativo nessa nossa grande aventura!

Museus de Arte: Apesar de não ser conhecedora de arte, gosto de visitar museus e de proporcionar esta experiência a meus filhos, seja em Salvador ou em cidades que visitamos. A ideia não é torná-los grandes conhecedores, mas aproximá-los da arte e permitir que possam criar suas próprias percepções e estabelecer com ela suas relações. Em Paris, visitamos grandes museus, como o Louvre e o Pompidou, e pequenos também, como o de Rodin e o de Picasso. Nas mediações de Paris e Londres, passamos por Versalhes e Windsor que, além de importantes moradas reais, conservam um significativo acervo artístico. Percebi que, muito mais que das outras vezes, Lipe se envolveu com as visitas, elegeu seus quadros preferidos, fez críticas aos que não lhe agradaram, surpreendeu-se com técnicas utilizadas, mergulhou na experiência!

 


 


 



Museus Temáticos: Nestes museus os olhos de Lipe brilhavam, ele fuçava tudo, com grande interesse, discutia, ensinava, compartilhava alguma descoberta... Era imensamente prazeroso desfrutar do prazer que ele sentia nestes espaços. Churchill War Rooms, DDR, Museu Judeu, Topografia do Terror, Museu das Armas, Museu de História Natural, East Side Gallery foram alguns dos locais onde ele pôde confirmar hipóteses sobre as guerras e os temas estudados nos livros de História. Vibrante e enriquecedor!

  

  

 


 
Espaços a Céu Aberto: Os passeios por praças e jardins, alguns com suas maravilhosas feiras de natal, grande diferencial da viagem na época do inverno, foram leves e divertidos. Um tempo para desacelerar, contemplar e exercitar a gratidão.



 

 

 

 
 
 


Pontos Turísticos: Os pontos turísticos clássicos eram visitados sempre com muita empolgação! Como preparação para viagem fiz um roteiro detalhado, que encadernei para levar, onde compilei informações sobre cada lugar por onde passaríamos. O roteiro, modéstia parte, contribuiu para um maior aproveitamento da viagem.

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
Outros Pontos de Interesse: Para enriquecer ainda mais a viagem, visitamos o Parlamento alemão e inglês, a Torre de Londres, a Mina de Sal nas proximidades de Cracóvia, o Observatório de Greenwich, a Abadia de Westminster, dentre outros.
 
 
 
 

 
 
 
 
Passeios Gastronômicos: Durante a viagem tivemos experiências gastronômicas de todos os tipos. Passamos por restaurantes sofisticados, como o do Pompidou, o Les Ombres (Paris) e o Boca di Bacco (Berlim); intermediários, como A Mano (Berlim) e Olives (Londres), esse escolhido por Lipe pela proximidade com o Museu de História Natural, e muito bom; e mais populares, como o Vapiano (Berlim), que parece um Spoleto melhorado, mas oferece um sabor especial aos pratos (tínhamos conhecido em Amsterdam e gostado muito!).

Provamos um hambúrguer sensacional no Baãgaã, em Paris, descobrimos delícias inusitadas nas feirinhas de natal, circulamos pela vizinhança do hotel de Paris, onde tomamos café da manhã, provamos berries dos mais diversos e prestigiamos um restaurante, tomamos café da manhã todos os dias em Londres no Pret a Manger, com opções para todos os gostos, experimentamos o currywurst em Berlim, as maravilhosas fritas belgas e a tradicional sopa de cebola francesa. E finalizamos com o melhor chocolate quente da vida, na Wedel, em Varsóvia.

Voltamos com uns quilinhos a mais e muita história para contar.

 

 

 

 

 

 
 
 

 
 


Destaques: Apesar de todos os passeios da viagem terem valido muito à pena, gostaria de destacar três deles, pelo significado especial que tiveram: o jogo de futebol Chelsea e Manchester City, que Lipe foi assistir com o pai, a ópera do Fantasma da Ópera e a visita ao Campo de Concentração de Aushwitz.

O futebol é uma grande paixão que une pai e filho e, por isso, os dois foram juntos, enquanto fiquei descansando no hotel. Apesar de ter ficado sozinha, e entregue à leitura, ver os dois se curtindo sempre me deixa muito feliz! Eles voltaram empolgadíssimos com o jogão e foram me buscar para sairmos juntos e curtirmos a night.

 
 
 
 
A ópera era, para mim, uma grande incógnita. Eu mesma tinha ido pela primeira vez a uma meses antes, e, como tinha amado, queria muito assistir ao clássico que é o Fantasma da Ópera em Londres, mas não sabia como ele reagiria. Para nos aproximarmos da história, assistimos ao filme antes, em casa, o que foi excelente para facilitar a compreensão, já que o espetáculo é todo em inglês.
 
E qual não foi a minha felicidade ao perceber que meu adolescente, tão propenso às superficialidades deste universo, adorou o espetáculo! Ele ficou impressionado e, vira e mexe, fazia algum comentário a respeito. Amei!
 


 
 

 
Por fim, vale compartilhar a mais esperada experiência da viagem: o Campo de Concentração de Aushwitz.
 
Enquanto pesquisava para montar o roteiro, li muitos relatos de pessoas que não recomendavam a visita por conta da energia do local, já que retrata uma fase negra da história que exterminou muitos seres humanos. Mas, ainda assim, resolvemos ver com nossos próprios olhos e tirar nossas próprias conclusões.
 
E, realmente, a energia é pesada!
 
A visita só pode ser feita com hora marcada e com os guias do local, no idioma escolhido. O guia enriquece sobremaneira a visita, oferecendo informações que não encontramos nos filmes e livros que normalmente tratam do tema. Ouvir o relato apaixonado do guia latino americano enquanto víamos as instalações dos dois campos nos transportou à época em que o espaço estava ocupado e deixou nosso coração em frangalhos. Ter a ratificação de tudo que já sabemos sobre a política exterminatória de Hitler, através de tantos elementos que comprovam as desumanidades praticadas ali, é de desenergizar qualquer um. Mas, ainda assim, achamos que a visita valeu muito à pena!
 

 

 

 
 
 

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