domingo, 22 de julho de 2012

Nostalgia

Acabei de deixar Lipe numa balada. A primeira! Lembrei-me de um clichê que me caiu como uma luva: a primeira vez a gente nunca esquece.

Meu filho está crescendo. Seus interesses são diferentes. São poucos os desenhos animados que vê na TV, os livros que ele lia hoje é Leti quem "lê", e ele não se empolga mais ao passar pela frente da Ri Happy (já pela Centauro...).

Suas horas de lazer têm sido gastas com futebol, tênis, videogame (jogos de futebol) e com bate papo entre amigos.

É um estágio diferente da sua infância. Porque ele continua, sim, sendo uma criança. Mas uma criança crescida. Com outros interesses.

Ao mesmo tempo que é gostoso sentir sua evolução, a maneira como se relaciona com as crianças da sua idade, a forma como vai construindo sua identidade e sua personalidade, dá um friozinho na barriga constatar que ele está mais perto do que ontem da sua autonomia e independência.

Mãe é mesmo um bicho complicado! Cria seus filhos para serem independentes, mas quando percebem que esta independência pode estar chegando (e no meu caso ainda está longe disso) começa a ficar nostálgica... Ou será que só eu sou assim????

Por outro lado, ao olhar para Mateus, percebo um novo ciclo reiniciando. Uma outra fase, com encantos diferentes, descobertas diferentes, demandas diferentes. Uma dependência plena, absoluta, que me dá, como mãe, a sensação de ser super, por ser responsável por atender a todas às necessidades do meu bebê, desde as mais comezinhas, que asseguram a sua subsistência, até aquelas que lhe proporcionarão segurança, equilíbrio, prazer. Somos, como mães, a fonte de onde eles extraem os primeiros nutrientes para seu desenvolvimento. E isso me dá, realmente, a sensação de ser A super poderosa (rs).

E, com Leti, uma experiência completamente diferente! De surpresas, de aprendizado, de exercício de paciência, de tolerência, de respeito à diferença, de alegria, de superação. Ela vive um estágio de descoberta que contagia todos ao seu redor.

E é nesse ambiente tão plúrimo que Lipe tem dado continuidade a sua infância. E, apesar de os estágios de vida serem completamente diferentes, são muito comuns, aqui em casa, os momentos em que Lipe senta e curte o brinquedos que compro para Leti (às vezes até mais que ela), experimentando, brincando de faz de conta, jogando; em que ele larga tudo o que está fazendo para fazer gracinhas para o irmão, sentindo-se recompensado com sorrisos banguelos dos mais lindos; em que tenho os três ao meu redor, na cama, apenas para reforçarmos o sentido de família.

Sei que, embora hoje a diferença de idade entre Lipe e seus irmãos o impeça de vê-los como amigos, num futuro próximo essa diferença se fará irrisória e, além de irmãos, terei três grande amigos sob o meu teto.

É nisso que eu invisto diariamente!



(Obs.: Comecei a escrever o texto ontem, sábado, dia da balada)

2 comentários:

Fran Emilio disse...

Oi Janaina,adorei seu blog, encontrei no google quando digitei geneticista ribeirao preto, PASSEI boa parte da minha noite lendo todos os posts do seu blog, . tenho um bb de 1 ano e 1 mes, que no momento esta internado na UTI com bronquite. ele tem uma sindrome ainda nao identificada estamos aguardando o resultado do exame, que o prazo maximo dado foi para marco e ate agora nada. queria muito saber o geneticista de ribeirao preto,que voce levou a Leticia, vou tentar marcar uma consulta com a TO de Sao Paulo para levar meu filho. . parabéns pelo blog e pela dedicacao constante com seus filhos. sou maes de 2 posso imaginar seu dia dia rsrsrs, bjs se preferir responnder por e-mail (fran-emilio@hotmail.com)Obrigada Fran

Anônimo disse...

Oi Jana!!

Eu gostei de ler este post, menina, porque tb me sinto assim as vezes, e olha que a diferença de idade dos meninos é relativamente pequena. Mas o que vc falou sobre sentir-se super e, ao mesmo tempo, sentir que já não é tão necessária eu sinto igual, vendo o Lucas crescer um pouco mais a cada dia e se tornando um menino cheio de personalidade e determinação, bem diferente daquele Lucas bebê de ontem.

Mas que bom essas fases ne?
E que bom estar ao lado deles, percebendo essas nuances todas. O Lipe está um mocinho mesmo, nossa, como está grande!

Um beijo carinhoso pra vcs!
Ju

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