Especial é Ser Criança

O Primeiro Aninho

Pouca gente sabe, mas, na verdade, Lipe não é só Felipe. É Renato Felipe!

Quando descobrimos a gravidez, combinamos que eu escolheria o nome se fosse uma menina, e Samir, se fosse um menino.

Com a descoberta do sexo do bebê, Samir estava com a ideia fixa de que daria ao nosso filho seu próprio nome. O problema é que o nome dele não é Samir, que acho lindo, mas Eldsamir. Imagina, então, que ele queria dar ao meu bebê, que sequer tinha nascido ainda, tão indefeso, o nome de Eldsamir Júnior. E eu não poderia impedi-lo, já que havíamos acordado previamente.

Tentei como pude dissuadi-lo da ideia, até que ele aceitou fazer a troca, desde que fosse pelo nome do seu avô, sua única referência paterna (já que ele ficou órfão de pai aos 4 anos de idade). Eis como surgiu, portanto, o descombinado nome do meu pimpolho: Renato Felipe. Muito melhor, vocês hão de concordar comigo, que Eldsamir Júnior.

Por todo o primeiro ano de vida de Lipe, moramos na casa dos meus pais. Ocupávamos, nós três, um espaçoso quarto na casa deles, que foi carinhosamente adaptado para acolher o novo, e esperado, membro da familia.

Apesar da situação estar longe do que idealizávamos (quem casa, quer casa), foi confortável estar na casa dos meus pais neste primeiro ano, quando tive mais apoio para as neuras de maria-de-primeira-viagem, e mais tranquilidade para ficar dois turnos fora de casa, quando resolvi voltar a estudar para concurso, quando Lipe completou 5 meses.

Lipe mamou exclusivamente até o sexto mês de vida e, por opção minha, começou a tomar leite artificial com seis meses, o que acarretou seu desmame espontâneo aos 8 meses.

Desde bem pequenininho, Lipe sempre sofreu com problemas respiratórios. Otites e sinutes fizeram com que, até seu primeiro ano de vida, tivesse que tomar muita medicação, homeopática e halopática, incluindo antibióticos.

Com 4 meses, fizemos sua primeira viagem. Fomos para Senhor do Bonfim, porque Samir queria exibir seu pequeno troféu aos parentes e amigos da cidade. Ele se comportou super bem à mudança de rotina.

No mês seguinte, começaram a sair os primeiros dentinhos, que chegaram sem qualquer transtorno, graças a Deus!

A cada dia 30, nos reuníamos em casa para comemorar a passagem de mais um mês de vida, com bolo, docinhos, salgadinhos, decoração temática, e a presença de familiares e amigos.

No dia seguinte ao que completou 11 meses de vida, comecei a trabalhar fora. Tinha sido aprovada no concurso para advogada da Desenbahia, e, finalmente, passaria a exercer minha profissão num "órgão" público, como há muito desejado. É claro que saía de casa com o coração apertado, por ter que deixá-lo o dia inteiro longe de mim. Mas o afastamento era necessário para o nosso próprio bem.

No dia 30/04/2003, ele completou 1 ano de vida!

Fizemos seu batizado pela manhã, na Igreja do Salesiano, onde estudei a minha vida inteira, seguido de um pequeníssimo almoço, e a festinha de comemoração ao seu aniversário à noite, num buffet infantil que nem recomendo.

Recebemos pouco mais de 100 parentes e amigos naquela noite e, num clima de grande celebração, comemoramos, eu e Samir, a passagem do melhor ano de nossas vidas.

Marcos do seu desenvolvimento nesse primeiro ano:

Primeiro sorriso: aos 2 meses

Segurou um brinquedo pela primeira vez: com 2 meses e meio

Levantou a cabeça: com 1 mês e meio

Virou-se sozinho: com 4 meses

Manteve-se sentado sem apoio: com 6 meses

Passou para a posição de sentado sozinho: com 8 meses

Engatinhou: com 8 meses

Levantou-se com apoio: com 9 meses

Ficou de pé solto: com 11 meses

Falou a primeira palavra: com 7 meses, no dia do natal, falou papai.

Falou mamãe: com 9 meses

Primeiros passos soltinho: 11 meses

primeira vez na praia

Primeiro corte de cabelo. Com vovó, é claro!

Primeiro Natal

Obs.: Logicamente, muitas fotos representando diversas outras "primeiras vezes" estão misturadas entre as 1.200 que compõe seu acervo fotográfico do primeiro ano, mas a ideia aqui é ser sintética.