Post Comemorativo: 3 anos de Leti

Leti, sob o olhar de Tia Carol

Lembro que a primeira vez que vi Leti eu nem sonhava que essa família seria tão especial na minha vida. Ela estava tomando banho de sol no play com Samir e eu estava com Dioguinho. Depois encontrei Samir no elevador e ele me mostrou algumas fotos maravilhoas de Leti no quartinho. Achei as fotos tão lindas, e que quarto de princesa! Mas ainda não conhecia Jana e nem convivia com Leti. Não lembro muito bem como conheci Jana. Acho que foi no play também. Logo sentimos uma afinidade instantânea e o meu convívio com a família, e consequentemente com Leti, começou a se intensificar.

A primeira vez que percebi que Leti era uma criança com necessidades especiais foi na festa de Ano Novo do prédio (2008 – 2009). Jana deixou ela dormindo lá em casa, porque eu estava com uma babá. Ela ficou na minha cama e eu perguntei para Jana se queria que colocasse alguma proteção para ela não cair, mas Jana me dise que ela ainda não virava. Fique tão encucada com aquilo, querendo achar um jeito de falar para Jana que aquilo não era normal, que ela deveria procurar um neurologista (ainda não tinha tanta intimidade com Jana). Mas nesta mesma época a pediatra já sinalizava isso. Bem, a partir daí começou a peregrinação da pequena, exame pra cá, exame pra lá, ao mesmo tempo que meu convívio com a família se intensificou bastante. Como sou médica e, apesar de não exercer, tenho formação em Pediatria, meu olhar inicial sobre Leti era sempre tentando buscar um diagnóstico. Olhava para ela sempre tentando encontrar algo que ainda não tinham visto. Com o passar do tempo, essa minha ansiedade médica deu lugar para a “tia Carol”. Leti tem médicos maravilhosos, eu não preciso ser mais uma. Eu sou a tia Carol. E assim comecei a me envolver, a amá-la e a aceitar a sua forma especial de ser. E comecei a me sentir imensamente feliz com cada evolução. Nossa, como é bom quando a pequena sorri quando me vê. Como é bom saber que olhou uma foto e falou “tia Carol”! Outro dia Jana estava lá em casa me ajudando com os convites do aniversário de minha filha mais velha, Júlia. Leti estava em casa chorando querendo “babãe”. Quando a babá chegou lá em casa trazendo Leti e eu abri a porta ela, mesmo toda vermelha de tanto chorar, me deu um sorriso tão lindo e se jogou nos meus braços. Lógico que somente até ver babãe. Mas quando abri a porta ela ainda não tinha visto babãe e sorriu e se jogou nos meus braços, entende? Fiquei tão feliz (até me emociono escrevendo), porque eu senti que ela retribui esse amor que tenho por ela... Oh, minha pequena, amo você! Fico muito feliz de poder festejar esse teu terceiro ano de vida!

Um beijo da tia Carol.

11 meses