terça-feira, 28 de agosto de 2012

Bolo da felicidade

 

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Hoje de manhã inauguramos a batedeira de brinquedo que comprei para Leti, e fizemos, juntas, um bolo de limão (em forma de cupcakes). Ela colocou os ingredientes na sua batedeira e na minha, e batemos, simultaneamente, nossos bolos.

Depois de assados, ficou tudo separadinho para ela levar para comer com os coleguinhas na escola.

O bilhetinho da pró nos conta o resultado. (E ainda fala da sua iniciativa de descer as escadas sozinha \o/).

Hoje vou dormir mais feliz…

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Fim de semana pra lá de especial

No sábado pela manhã, um desejo que nutria já há algum tempo pôde ser saciado: promover um encontro de mães especiais para um bate papo.

Vinha tentando definir uma data há algumas semanas e, percebendo que seria impossível encontrar um dia que atendesse a todas as envolvidas, chegamos à data que atendeu a maioria. Das 10 mães contactadas, 6 confirmaram e 4 apareceram. Comigo formamos um grupo de cinco mães, que, durante cerca de três horas, falaram sobre seus filhos, compartilharam experiências exitosas (e outras nem tanto assim), expuseram dúvidas e se dispuseram a ensinar e a aprender com o outro (no caso, a outra, mãe).

A minha ideia, ao fazer contato com estas mães, era, num primeiro momento, conversar um pouco sobre a história de cada criança e o caminhar de cada mãe, para compartilhar experiências, e tentar promover, depois, encontros regulares (mensais) para discussão de temas específicos.

Não sei se todas sairam com a mesma sensação, mas, ao fim do encontro, me senti realizada. Das presentes, apenas uma não conhecia pessoalmente, já que as inúmeras conversas que tínhamos tido até então, desde que ela descobriu o blog, se restringiram ao ambiente virtual. E como foi bom conhecê-la pessoalmente, saber dos progressos do seu filho e da grande probabilidade de ele ter simplesmente um atraso de linguagem. 

As outras presentes foram a mãe de um coleguinha de Leti da escola, a mãe de dois coleguinhas (gêmeos) de Leti de terapia e uma linda mãe que conheci nesta minha caminhada por informação.

Vidas diferentes, realidades diferentes, percepções diferentes, interligadas pela busca incessante pela melhoria da qualidade do filho com algum comprometimento no seu processo de desenvolvimento.

Uma mãe compartilhou, com entusiasmo, a experiência do seu filho com o tratamento biomédico; outra explicou porque ela mesma se vê como mãe floortime; outra expôs o período de importantes decisões pelo qual está passando, no qual busca, para seu pequeno, uma abordagem com maior enfoque sensorial...

Duas relataram uma experiência desastrosa que tiveram com um projeto conhecido aqui de Salvador, que tem como objetivo estimular hábitos alimentares saudáveis em crianças. Nos dois casos, quando ficaram sabendo que as crianças estavam no espectro autista, simplesmente vetaram suas participações no projeto, alegando que elas atrapalhariam as outras crianças. Não preciso nem falar do nosso sentimento de repúdio e indignação.

Conversamos sobre escola, sobre terapias, sobre linguagem, sobre estereotipias, assuntos que, certamente, ocupam um dos primeiros lugares do nosso foco de interesse, mas que, às vezes, não compartilhamos com outras pessoas um por não saber se a temática lhe soará enfadonha. Falar de mãe especial para mãe especial é diferente. Especial!

A conversa fluiu sem um direcionamento, já que o objetivo inicial era aconchegar, conhecer... Mas todas foram muito receptivas à ideia dos encontros periódicos e concordaram que, no próximo encontro, poderemos conversar sobre inclusão. Pensei em falarmos um pouco sobre a experiência de cada uma na escola, e de pensarmos, juntas, estratégias para auxiliar a escola na tarefa da inclusão de cada uma das nossas crianças.

Acho que só temos a ganhar se, de fato, conseguirmos manter nossos encontros. Momentos como este, além de nos fazer aprender com a experiência do outro, também nos mantém motivadas e com mais energia para cuidar dos nossos filhotes. Pelo menos, para mim.



Mas o título fala de um fim de semana especial. Então, não parou por aí.

No sábado à tarde, fui com Leti a uma oficina de contação de histórias e confecção de biscuit na Zastrás.

Há tempos venho querendo conferir minha querida amiga Ivana, do contações de uma mãe, no exercício do seu hobby de contar histórias.

Apesar de já imaginar que sua apresentação seria primorosa, considerando o perfeccionismo que imprime a tudo o que faz, confesso que me surpreendi. A escolha das duas histórias foi muito feliz, a transição entre uma e outra, perfeita, e sua presença de palco (palco?)... sem comentários!

Muito envolvente, seu corpo falava uma língua à parte, que sincronizava singelamente com o texto, o qual foi narrado com diferentes entonações e sentimentos, que deram um colorido especial à história. E, para completar, a trilha sonora produzida com violão e outros instrumentos por sua irmã gêmea foi o que faltava para dar àquela apresentação artística uma verdadeira conotação profissional.




Sem bajulações, mesmo sendo eu suspeita, tendo em vista a enorme admiração que tenho pela artista, foi uma grande apresentação!

Eu, na verdade, tinha ido à Zastrás apenas para ver minha querida amiga contar história, mas, como logo em seguida começaria uma oficina de biscuit resolvi ficar.

A "professora" era cunhada de Ivana, que conhecia apenas de vista, das festinhas de aniversário dos pimpolhos da minha amiga. E de ouvir Ivana falar dos seus dotes.

Em  cinco minutos, rearrumaram todo o cenário e o espaço aberto para a contação de histórias ganhou mesas e artefatos artísticos para o início da produção dos biscuits. Eu, sinceramente, não acreditava que pudesse produzir algo digno de alguma utilização futura, mas... me enganei. O objetivo era produzirmos um sapinho. Depois de ter as minhas duas primeiras tentativas destruídas por minha pequena, num momento de vacilo, consegui concluir meu sapinho e achei que ficou muito, muito fofo! E melhor: achei muito fácil fazê-lo. Depois tentei fazer uma formiga, que, na minha opinião, tinha um grau maior de dificuldade, mas também não ficou assim tão ruim (apesar de Leti, na primeira vez, ter dito que era um caranguejo hahaha).





Leti não se empolgou para tentar fazer o biscuit, como era de se esperar, já que sua motricidade e seu desenvolvimento cognitivo ainda não estão preparados para esta atividade. Ela ficou manipulando a massinha e, de vez em quando, observando ao redor. Mas, mesmo assim, acho que foi bom pra ela poder acompanhar todo o processo produtivo. Minha ideia é tentar fazer mais biscuits com as massinhas que trouxe para casa (acompanhada por Lipe, que já se interessou), e depois usá-los para contar histórias para minha pequena. Tenho certeza que ficarão muito mais interessantes com os personagens feitos por nós!

Já a história, ela adorou! Vez por outra, apertava as bochechas, que é algo que ela tem feito em alguns momentos de lazer (e que será objeto de um post específico), mas chegou a interagir, falando zebra (quando Ivana mencionava os animais da floresta) e aplaudindo. E, quando caminhávamos para o carro e eu lhe perguntava sobre a história, ela respondia tudo certinho. Uma linda!

Foi uma tarde diferente, maravilhosa. Especial!


E, para fechar o fim de semana, fomos no domingo à noite para a apresentação do Músicas para Brincar, do NEOJIBA. Leti tinha ido a um ensaio com a escola e tinha me dado um feedback ótimo da experiência.

Quando soube da apresentação, não tive dúvidas de que levaria a minha princesa.

Já chegamos próximo do horário de início do espetáculo mas, para nossa sorte, conseguimos um único lugar na primeira fila da Concha Acústica, onde nos sentamos para assistir à apresentação de pertinho.

Leti assistiu à apresentação atentamente, aplaudiu, (novamente apertou a bochecha), ficou em êxtase quando viu o músico tocar o prato, (fez xixi em cima da mamãe) mas, já no finalzinho, pediu para ir para casa. E atendemos ao seu pedido.

A apresentação foi linda! Crianças e jovens tocando para um público seleto (modéstia à parte, hahaha), que buscava por boa música. Eram três orquestras, sendo que, em uma delas, tinha uma criança de 4 anos no grupo (segundo fiquei sabendo lá). As famílias dos músicos mirins trasnsbordavam tanta felicidade e orgulho que nem dava para reclamar do levanta-senta-levanta para fotografá-los.

Lindo espetáculo!

Não disse que foi um fim de semana pra lá de especial?!?!?!



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O que há entre o ideal e o possível

Deus é testemunha de que tentei fazer tudo como manda o protocolo para introduzir a alimentação sólida para Mateus.

E ele vomitou, fez cara feia, cuspiu, simplesmente não abriu a boca... e assim íamos caminhando. Até que resolvi mudar um pouco a ordem das coisas, como disse aqui.

Então ele conheceu as frutas. E adorou! E além de alimento, queria fazê-las de mordedores. Um fofo! 

Parecia que começava a se acostumar com a papinha amassada e balanceada que lhe preparávamos. Mas só parecia. Porque novamente voltou a cuspir, a fazer cara feia e a travar a boca (mas pelo menos não vomitava mais).

Eu já tinha mudado sua rotina. Há 3 semanas, ele estava tomando leite pela manhã, uma fruta no lanche matutino, a papinha amassada na hora do almoço, um suco cítrico após o almoço (para absorver o ferro), um leitinho uma hora e meia depois (porque ele comia pouquíssimo) e a mesma papinha no final da tarde. Antes de dormir, leite de novo.

Mas para fazer a comida descer era um processo!

No fim de semana, resovi bater a papinha no liquidificador.

Fiquei impressionada! Ele estava abrindo a boca para minhas colheradas. \o/  \o/  \o/

Mas alegria de pobre dura pouco, e a minha durou um dia só (hehehehe).

Nesta semana, fiz uma outra pequena mudança em sua rotina alimentar. E, para não dizer que sou oito, nem oitenta, tenho oferecido a papinha do almoço amassada e a da janta liquidificada. E, coincidência ou não, tem funcionado.Nestes três últimos dias, ele tem comido... e repetido! Um sonho!

Mas não posso negar que, com a volta ao trabalho, e com minhas saídas mais frequentes do que eu (gostaria) esperava, a babá, que tem se encarregado da tarefa de alimentá-lo, no ímpeto de fazê-lo comer, tem recorrido a estratégias que sempre condenei, como dar comida com ele no colo, ou passeando pela casa, ou dividir o espaço do prato à mesa com alguns brinquedos que o entretenham, o que talvez sejam o segredo do sucesso.

E o pior, estou tão aliviada e feliz de ver meu filho se alimentando, que, além de fazer vista grossa para tudo aquilo que sempre condenei, vez por outra, quando sou eu quem vai lhe dar a comida, ainda acabo fazendo a mesma coisa pra ver se o pequeno come.

Mas faço pensando que é algo transitório, só enquanto ele descobre sua paixão pela comida. Espero que esse não seja um caminho sem volta.

Olha aqui a prova de que meu filho se transformou num "bom de boca".




Respeito é bom e eu gosto

Estava super ansiosa para a chegada do dia de hoje. Desde o início do ano estava tentando marcar uma consulta para Leti com a Dra. (Deusa) Rita Lucena e, finalmente, o dia havia chegado.

Marquei as três consultas recomendadas para poder concluir a avaliação, sendo que a primeira seria hoje às 12h.

Como tinha uma reunião importante de trabalho às 9:30h e não sabia se conseguiria pegar Leti e chegar a tempo, pedi a meu pai que a buscasse em casa e levasse ao consultório, onde nos encontraríamos.

Cheguei no consultório meio dia em ponto. Leti chegou vinte minutos depois. Quando cheguei, ela estava atendendo uma criança e eu fiquei aguardando na sala de espera, sem que a recepcionista sequer solicitasse fazer logo a sua ficha. Paciente esperar é praxe, não é?

Quando Leti chegou, percebi que estava suja de cocô e fui ao banheiro trocá-la. Logo que entrei no banheiro (ao lado da recepção, e deixando a porta aberta), Dra. Deusa saiu com a criança que estava atendendo e nos cumprimentou. Terminei de limpar Leti e coloquei-a no vaso para fazer xixi (vale ressaltar que mesmo se tratando de um consultório que atende crianças, não havia vaso infantil nem redutor de assento). Nesta hora, chegou a paciente de 13h. Dra. Deusa chegou a dizer-lhe que estava atrasada, que a consulta daquela paciente era 13h (ainda eram 12:40h) e que teria que esperar um pouco. Mas, numa fração de segundos, sem que eu percebesse, ou acompanhasse o diálogo, ela levou a paciente de 13h para a sala de atendimento, sem sequer se dar ao trabalho de perguntar se eu demoraria, se eu me importava, ou de me dar uma satisfação qualquer.

Quando saí, e perguntei se podíamos entrar, a recepcionista informou que Dra. Deusa já tinha começado a atender a paciente das 13h.

Fiquei P da vida!!!!  Eu cheguei no horário, a médica atrasou 30 minutos, a paciente das 13h chegou depois de mim e porque minha filha estava no banheiro ela passa a paciente em nossa frente????

Gente, onde está o respeito com as pessoas???

Ainda pedi que perguntasse a previsão de tempo para nos atender, porque, de repente, se fosse algo rápido, eu poderia até entender a "inversão da pauta", e esperar um pouco, mas a recepcionista (muito hostil, por sinal), respondeu que o atendimento só deveria acabar por volta das 13:30h (hora que a aula de Leti começa).

Falei que não ficaria, que nem precisava continuar preenchendo a ficha, pedi que desmarcasse as outras duas consultas, porque, para mim, não fazia sentido submeter minha filha ao acompanhamento com uma médica que, já num contato inicial, tinha uma conduta tão desrespeitosa e indiferente. Definitivamente, não é esse o tipo de profissional que procuro! Quero uma médica tecnicamente boa, mas que também nos veja como pessoas e não como instrumentos de trabalho. Que seja humana, comprometida, como os profissionais que acompanham Leti hoje e como tantos outros médicos que já passaram pelo nosso caminho.

Marquei essa consulta porque ela era a última neuropediatra recomendada de Salvador que faltávamos conhecer. Tinha esperança de conseguir um diagnóstico agora. Não por achar que ela fosse a melhor. (Pelo contrário, já tive excelentes e péssimas referências dela. Queria tirar minhas próprias conclusões.) Mas porque Leti hoje está em uma condição bem diferente à de quando foi a uma neuro pela última vez e acredito que, neste momento, levando-se em conta os avanços que já teve, talvez seja possível, chegar-se a algum diagnóstico de transtorno de desenvolvimento.

Mas não era a hora. E naquele consultório não volto nunca mais! E, quer saber? Ela não está dando a mínima pra isso. Sua agenda está cheia, sua consulta é cara, são poucos os bons neuropediatras em Salvador... Um paciente a menos, para ela, não faz a menor diferença.

Como devo ir a São Paulo no final do ano, vou começar a pesquisar um bom profissional para ver minha filha por lá (os que já fomos tinham especialidade em neurogenética e não é o que quero por agora). Estou aceitando sugestões.

#prontofalei (desculpem o desabafo!)

Notícias do Desfralde

Já se vão quase dois meses desde o início do desfralde de Leti.

Hoje olho para trás e, apesar de passar por dias em que a paciência insiste em me abandonar, vejo que a decisão que tomamos  não poderia ter sido mais acertada.

Não que esteja tudo resolvido. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas os resultados que já obtivemos surpreenderam a todos.

Nossa  matéria prima era uma garotinha que mal conhecia o corpo, não demonstrava quando fazia xixi ou cocô na fralda, pouco se importava se ficasse suja e, pior, poderia ficar um tempão absorta, brincando com sua urina ou com suas fezes.

Sua consciência corporal melhorou sensivelmente. Sua autonomia também. Hoje, xixi no chão é exceção. Inclusive na rua. (vocês devem imaginar como estou feliz...).

A pior fase, para mim, foi a volta às aulas.

As duas primeiras semanas foram um desastre! Nada de xixi no vaso. Cheguei a deixar na escola o redutor de assento que ela usava em casa e para sair (e comprei outro igual para deixar em casa), pra ver se, familiarizada, ela se propunha a colaborar, mas não ajudou muita coisa.

Nas semanas em que começamos o desfralde, nas férias, ela vinha usando quase que exclusivamente o penico. Com o início das aulas, passamos a incentivá-la a usar o vaso em casa, para facilitar o processo na escola.

Mas, passadas duas semanas, nada de progressos.

Fui (desesperada) conversar com a pró e perguntar-lhe o que achava de eu deixar um penico na escola, já que em casa seu controle estava muito melhor. Ela, muito elegantemente, disse que isso nunca tinha acontecido antes e pediu que eu tivesse paciência porque o processo de desfralde de qualquer criança era complicado e poderia demorar muito tempo, como já havia acontecido diversas vezes na escola, com crianças típicas e especiais.

Fiquei mais tranquila e decidi aguardar o tempo dela.

Tudo foi acontecendo devagar. Na terceira semana, um xixizinho despretensioso no vaso, e outro no chão; passados alguns dias, um no vaso e outro no chuveiro (eles tomam banho antes de voltar para casa); tiveram dias em que só houve xixi no vaso; outros em que o xixi ficou pelo chão mesmo... Mas ela nunca pedia. A auxiliar, de tempos em tempos, a levava para ver se queria fazer alguma coisa (como tínhamos combinado) e quando coincidia com sua vontade, ela fazia.
 
Em casa, o processo estava mais adiantado. Raramente fazia xixi no chão. 

No início, começamos a anotar os horários em que bebia algo e em que fazia xixi, para tentarmos entender sua rotina. Percebemos que, durante o dia, ela espaçava mais ou menos duas horas entre um xixi e outro. À noite, descobrimos que seu hábito era diferente. Num intervalo de tempo de aproximadamente uma hora e meia (entre o banho pós sopa e a hora de dormir), ela quase sempre urinava três vezes. E isso foi um problema! Porque, invariavelmente, pelo menos, um desses xixis ia no chão. O hábito continua o mesmo, mas estamos mais diligentes e temos conseguido evitar os acidentes nessa hora.

Apesar da melhora, no primeiro mês ela ainda não pedia para fazer xixi. Até que começou a pedir. Muito tímida e esporadicamente. Pedia um dia, ficava três sem pedir... Pedia em casa, não pedia na escola, nem na rua...
 
Até que cheguei na escola e a pró me contou que ela havia pedido para fazer xixi. Fiquei radiante! O processo na escola tem sido parecido; tem dias que pede, outros não. 
 
Nas terapias também nunca tinha pedido. Mas, na semana passada, quando estava no meio da sessão com a TO, mencionou que queria fazer xixi. Levei-a rapidamente ao vaso e ela, um pouco depois de se sentar, urinou. 

Na mesma semana, por duas vezes, no carro, também falou que queria fazer xixi. Na primeira, eu já estava estacionando o carro na garagem, quando voltávamos da escola. Larguei mochila, bolsa, celular e tudo mais no carro, peguei-a no colo e subi o mais rápido possível. Assim que coloquei-a no vaso, ela urinou.

Da outra vez, estávamos no meio do caminho para a casa de minha mãe e ela falou. Fiquei super preocupada, porque ainda estava longe. Falei que íamos para a casa da vovó, que ela teria que esperar um pouquinho, mas que ela faria o xixi lá. Fiquei tensa, monitorando, mas ela conseguiu se segurar até chegar à casa da vovó.

Por orientação da TO, aboli as fraldas por cima da calcinha para sair. E acho que ela tem razão. Agora que ela já está mais adaptada, já começa a sinalizar a vontade de fazer xixi, acho que pode confundi-la usar a fralda de vez em quando. A única exceção é quando ela for para algum lugar onde não haja banheiro para fazer xixi caso sinta vontade.

Isso aconteceu conosco no zoológico. É claro que no zôo tem banheiros. Mas não em todo o percurso. Há 3 semanas (eu ainda usava a fralda por cima da calcinha em algumas ocasiões), fomos ao zôo e quando paramos para ver os macacos ela falou que queria fazer xixi. Olhei ao redor e não tinha nenhum banheiro por perto. Como ela estava de fraldas, falei que poderia fazer o xixi porque estava de fraldas e troquei logo em seguida. Mas me senti péssima! Ela tinha o direito de fazer seu xixi no vaso já que exteriorizou sua vontade a tempo. Fiquei frustrada por ela. Mas, por outro lado, se estivesse sem fralda, talvez não conseguisse se segurar até eu encontrar um banheiro... Nunca vou saber.

Hoje, depois da experiência do carro, acho que posso deixá-la sem fralda porque ela tem condição de se controlar até que possamos encontrar um lugar adequado para fazer seu xixi. Valeu a experiência!

Mas, apesar desses fatos isolados, e de outros momentos em que ela manifestou a vontade de fazer xixi em casa, isso ainda não é a regra.

Há duas semanas, ela fez xixi no chão da entrada do teatro. Fez na sala da fono a semana passada. Na quadra do prédio no final de semana. E, de vez em quando, faz no chão de casa e na cadeira do carro (nesses quase dois meses, acho que, no máximo, 5 vezes).

O processo de desfralde, portanto, ainda está em franca ebulição. Mas, não se pode negar, com significativos avanços.

Quanto às fezes, está um pouco mais atrasado. Ela nunca pediu para fazer cocô. Se solta uns punzinhos suspeitos, levamos ao vaso e, vez por outra, ela faz seu cocô ali. Se coincidir com a vontade, faz. Não tem resistência ao vaso para defecar, como Lipe tinha. Mas se não adivinhamos, o cocô vai na calcinha mesmo. O papai, vira e mexe, é surpreendido na equoterapia com episódios como esse, que são culminados com a calcinha na lata de lixo.

Mas estou tão satisfeita com os resultados que estamos tendo que isso não tem me preocupado.

Ela já me deu provas mais que suficientes de que, no tempo dela, tudo se resolve.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Divulgando



Neste último, as inscrições estão sendo feitas on line aqui.

sábado, 11 de agosto de 2012

O Pai dos Meus Filhos






Era uma vez um garotinho que, por desígnios de Deus, acabou perdendo o seu pai muito cedo. Para sua sorte, esse garoto teve um avô maravilhoso que, além de se esforçar para que nada faltasse em sua casa, guarneceu sua vida também de muito amor, cuidado e carinho. Talvez tenha sido com esse avô que esse garotinho, mesmo inconscientemente, tenha aprendido o que era ser pai...

Esse garoto cresceu e, apesar das dificuldades financeiras pelas quais sua família passou, conseguiu ingressar numa universidade privada, onde conheceu a pessoa que futuramente, se tornaria a mãe dos seus filhos.

Quando esse garoto, já bastante crescido, descobriu que seria pai pela primeira vez, sentiu um misto de medo e felicidade, já que, apesar da paternidade ser um projeto certo para a sua vida, estava programado para acontecer um pouco depois.

Mas o medo inicial foi se transformando em motivação. Motivação para crescer, para trabalhar mais, para estudar, para poder oferecer para aquele filho que estava por vir o melhor que ele pudesse ter.

Desde a descoberta da concepção, esse garoto mostrou que era dotado de um aguçado instinto paternal e, antes que qualquer exame de imagem mostrasse o sexo do seu bebê, ele já afirmava saber que seria pai de um menino, como efetivamente foi.

E quando aquele menininho nasceu, nasceu também o pai. Na mesma hora. E ele nem sabia... Estava na sala de parto, registrando tudo, se emocionando, achando que testemunhava apenas o nascimento do seu filho, e nem se deu conta de que um pai também nascia naquele momento. Mas a mãe percebeu! Percebeu na hora em que aquele garoto crescido, com um brilho diferente nos olhos, hesitou entre continuar acompanhando os procedimentos finais da cesárea junto à mãe, ou seguir o seu pequeno bebê em direção ao berçário. E ele optou, com o aval silencioso da mãe, por ir junto à cria...

Os dias que se seguiram mostraram em que tipo de pai aquele garotinho se transformaria. Pai que acorda de madrugada, que cuida, que não economiza nos mimos, que participa de tudo, que se preocupa, que interpreta (corretamente) o choro do filho... Pai que faz vontades, que dá presentes, que investe no futuro...

E enquanto esse pai foi pai de um único filho, ele canalizou todo o seu amor e todos os seus mimos para aquele pequeno ser que lhe fez experimentar o que parecia ser um milagre.

E, cada noite, antes de se deitar, ao olhar aquele pequeno no berço, já pensando na hora da madrugada em que se levantaria para colocá-lo para arrotar, coisa que fazia, religiosamente, todas as noites, mesmo tendo que acordar cedo para trabalhar, ele planejava o futuro, refazia projetos, e acabava por dormir ansioso, imaginando o dia em que estariam todos juntos, em casa, com a vida devidamente estruturada.

Dia que não tardou a chegar, recompensando-lhe todas as horas de estudo e dedicação, que foram furtadas do convívio com o pequeno, mas que lhe seriam devolvidas, ao longo da vida, com o mesmo amor e com uma maior probabilidade de lhe proporcionar aquilo necessário a sua formação, que precisasse ser pago com o dinheiro.

Esse pai ficou muito triste quando, prematuramente, e por duas vezes, o sonho de ser pai acabou sendo frustrado por razões que ele não conseguiu compreender.

Mas ficou extremamente feliz ao descobrir que, finalmente, seria pai pela segunda vez, e de uma menininha, como antes ele havia profetizado, e o que foi confirmado no dia do seu aniversário.

Novamente, na sala de parto, acompanhou a chegada de sua filha, com a mesma emoção da primeira vez, quando descobriu que o impossível havia acontecido: o imenso amor que sentía pelo seu primogênito (que parecia ser o que de maior havia no mundo), havia se dividido por dois naquele momento, e, para sua surpresa, cada um dos "dois amores" no qual havia se dividido parecia-lhe ainda maior que o anterior (que, antes, lhe soava como insuperável).

E ele, rapidamente, mostrou que também sabia ser pai de menina. E que tal experiência lhe causava uma sensação de plenitude que emanava de seus poros.

Ele voltou a acordar de madrugada, sempre com um sorriso nos lábios, aprendeu a trocar fraldas de menina, fez ouvido de mercador aos que lhe aconselhavam a não viciar sua princess em colo... Resgatou cantigas que haviam ficado guardadas em sua memória por alguns anos, enquanto seu primogênito crescia, e sempre sabia, no momento da dor, quando a hora era de automedicação, ou quando era necessário procurar um médico.

Esse pai ficou sem chão quando lhe falaram da possibilidade de sua princesa ser portadora de uma síndrome genética, que pudesse comprometer sua expectativa de vida. E chorou aliviada e compulsivamente quando tal suspeita foi descartada.

Ele demorou a acreditar que, apesar de sua pequena estar livre da tal síndrome, ela demandaria cuidados especiais que favorecessem o melhor processamento do seu desenvolvimento.

Ele sofreu, se questionou, duvidou, ele procurou respostas, buscou experts. Mas, no seu tempo, ele entendeu o que a vida lhe havia reservado. Entendeu que sua bebê linda era apenas diferente. E que continuava especial como todo filho deve ser. E fez uma opção. Uma opção pelo amor. E, numa cumplicidade estrita com a  mãe da sua prole, ele passou a exercer um papel mais ativo na estimulação da sua pequena e na busca da sua felicidade.

E quando a paixão por sua princesa passou a ser correspondida..., ele se derreteu! E passou a fazer, ainda mais, as suas vontades. A enchê-la de mimos e carinhos. A sucumbir, rapidamente, aos seus melosos pedidos. Começou a inventar histórias com seus personagens favoritos para fazê-la dormir e se tornou o companheiro preferido para estes momentos.

Ele se permitiu transformar-se numa pessoa melhor. E tem se superado nessa missão a cada dia.

Ele concordou com a mãe dos seus filhos de que havia chegado a hora de tentarem um terceiro filho, depois de muitas idas e vindas quanto a esta decisão. E comemorou ao descobrir que o filho que começavam a programar já tinha sido concebido e poderia chegar ao mundo no dia do seu aniversário (como, aliás, acabou acontecendo).

Como das outras vezes, esteve presente na sala de parto, e em todas as noites de internação no hospital. Apaixonou-se à primeira vista e protagonizou, junto com a mãe, os cuidados iniciais com seu bebê.

Ele se preocupou durante a gravidez. E durante os primeiros dias de vida do seu caçulinha. Buscou sinais que lhe mostrassem se o seu filho teria algum comprometimento no seu desenvolvimento, mesmo sabendo que isso não mudaria em nada o seu amor.

Ele confortou seu coração.

Na casa nova, com filho novo, ele fez de tudo para que pudessem, o mais rápido possível, encontrar instalações adequadas, depois do golpe de que foram vítimas. Ele dormia tarde, acordava cedo, e passava o dia inteiro resolvendo problemas enquanto pôde estar de férias e licença paternidade.

Ele concentrou os cuidados com sua pequena durante o puerpério, para tentar minimizar o ciúme que ela sentiria com a chegada do novo irmão. Dava banho, brincava, colocava para dormir, levava para escola, terapias, e até para shows e teatro foi sozinho com ela. Mudou-se para o quarto dela por muitos dias...

Ao mesmo tempo, não se descuidou da atenção com o primogênito, com quem costuma conversar sobre futebol e tantas outras afinidades que acabaram descobrindo.

E ainda arranjava tempo para lamber a (nova) cria: deliciava-se a cada nova descoberta, gabava-se da sua sociabilidade, enaltecia suas virtudes e, sempre que podia, estava, novamente, trabalhando para viciá-lo no colo (rs)...

No dia de voltar ao trabalho, e deixar mãe e filhos sós em casa, sua preocupação transparecia do seu rosto que não escondia os marejados. Era o início de uma nova etapa de vida!

Uma vida marcada pela opção de ter muitos filhos, como ele mesmo diz, brincando. O que faz com que projetos de realização pessoal sejam temporariamente adiados em benefício da família.

Hoje ele sabe que a viagem dos sonhos, a troca do carro e a decoração do apartamento novo terão que esperar um pouco mais. Mas isso não o incomoda. Porque a opção daquele garotinho que logo cedo ficou órfão é ser para os seus filhos o melhor pai que ele puder ser. (E tenho certeza de que ele sempre continuará sendo).



domingo, 5 de agosto de 2012

6 Meses

 

No dia 25/7, Mateus fez 6 meses.

Semprei achei esta idade emblemática e, apesar de comemorar todos os mesversários dos meus 3 filhos, as festinhas de 6 meses sempre foram maiorzinhas. Com Mateus não foi diferente! (ainda mais com uma silouette a minha disposição rs).

Queria muito, e consegui, juntar todas as amigas (incluindo a maior de todas, minha irmã) que pariram neste anos para registrar o encontro dos bebês que, com certeza, crescerão juntos.

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E, em três dias, que antecederam minha volta ao trabalho, montei a "festa": fiz os docinhos e os cupcakes, encomendei os salgados e a torta, comprei bebidas (maridão, que sempre fica com esta incumbência, não pôde dar sua contribuição, por conta do tumulto que está sua vida nesse período pré eleitoral) e arrumei tudo para aguardar a chegada dos amigos.

Ficou tudo do jeitinho que eu queria.

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No dia anterior, fomos à consulta dos 6 meses.

No mês passado, decidi que mudaria de pediatra. A que estava acompanhando ele era muito boa, mas alguns fatos me levaram a tomar esta decisão: O primeiro foi o preço da consulta. Exorbitante, na minha opinião. E, em relação à consulta, não via muita diferença entre os procedimentos dela e os que eram adotados pela pediatra que atendia (pelo convênio) Leti na época que ela tinha a mesma idade dele (pena que ela agora só atende particular também). O segundo foi o atraso. Teve um mês que saí uma da manhã do consultório. De verdade, sem exagero. O terceiro, e o pior, foi a conduta dela em relação à amamentação. 

Desde a primeira consulta, sempre falei do meu interesse em amamentar meu filho. Quando Mateus completou 3 meses, e começou a ganhar menos de 30g/dia, ela me orientou a complementar sua alimentação com leite artificial duas vezes ao dia. Passado um mês de complementação, e continuando ele a engordar menos que a média, ela queria, inicialmente, acrescentar outra mamadeira, mas, ao perceber minha frustração, pediu que eu mantivesse as duas, aumentando, em 30ml, a quantidade de leite. Foi o que fiz. Passado mais um mês, sem que ele conseguisse engordar os almejados 30g/dia, ela  me orientou a suspender a amamentação e substituí-la pelas fórmulas artificiais. Fiquei arrasada! Hesitei e não atendi de pronto. Mas Mateus, por conta própria, e talvez percebendo as facilidades da mamadeira, resolveu, por si só, abandonar meu peito. Chorava, empurrava, resmungava e não mamava, apesar d´eu sempre oferecer o peito antes da mamadeira. Só de madrugada, quando acordava, ele mamava no peito. Mamava e dormía. Até de manhã. Aliás, mantém o hábito até hoje.

Na consulta de 5 meses, quando me orientou a suspender a amamentação, disse que só se preocuparia conosco se eu não tivesse dinheiro para comprar o leite. Sei que sua intenção foi me confortar, até porque ela conhece a minha rotina louca de mãe de três, com marido de fim de semana, mas seu comentário me soou muito agressivo. Saí murcha do consultório. Não era o consolo que eu esperava.

E, ao perceber que, mesmo depois de Mateus ter abandonado (quase) completamente o leite materno, ele continua engordando pouco menos de 20g/dia, sou levada a crer que é o seu metabolismo que o faz engordar pouco (vale mencionar que, mesmo engordando pouco está com o peso adequado para a idade) e que a complementação poderia ter sido dispensada (já que o problema não estava no meu leite). Sei que ela não poderia adivinhar, que sua conduta foi preventiva, que eu poderia ter feito "ouvido de mercador" e não ter levado a cabo a complementação... Não estou procurando culpados. Mas, sei lá, fico achando que ela poderia ter me orientado a usar a sonda, para evitar um desmame precoce (quando tentei usar ele já não queria mais meu peito. Uma amiga me emprestou, eu nem sabia que existia, nunca precisei...) ou ter sido mais ostensiva no incentivo ao aleitamento exclusivo.

Mas, enfim, não dá pra voltar atrás. Não vou ficar mais me lamentando com isso. Ele não será o primeiro, nem o último e, por incrível que pareça, apesar de não ter sido amamentado exclusivamente até 6 meses como os irmãos, é muito mais saudável que eles que, com essa idade, já tinham feito uso, pelo menos uma vez, de antibióticos e corticóides, coisas que Mateus ainda não conhece.

Pois, então... me indicaram um pediatra que atendia pelo convênio, marquei uma consulta e aproveitei para levar os três, certa de que teria o mesmo atendimento que tinha com a antiga pediatra de Leti, que muito se assemelhava à de Mateus (o diferencial, para mim, estava na disponibilidade extra consultório).

Como diz minha grande amiga Carol, há um tipo de pediatra para cada tipo de mãe e, definitivamente, este último pediatra não é o pediatra para o meu perfil.

Não mediu a cabeça de Mateus, não anotou suas informações no seu livrinho de saúde, não examinou boca, ouvido, nariz, e, para completar, ao orientar sua alimentação, mandou oferecer danoninho, biscoito maria, engrossantes etc, quando meu desejo é não lhe oferecer açúcar, pelo menos, até o primeiro ano de vida. Levei a pastinha de Mateus, com todos seus exames e ele, sequer, se deu ao trabalho de olhar.

Não devo ter passado 20 minutos no consultório.

Suas medidas deste mês: 7,960kg e 68cm.

Já estou, logicamente, procurando outro pediatra.

Quanto à alimentação, como Mateus continuava muito relutante à papinha salgada, resolvi lhe oferecer logo as frutas. E, sinceramente, acho que deveria ter começado por elas. Como foi com Lipe. Ou com tudo junto, como foi com Leti. 

Acredito que para o bebê, que tem que se acostumar com a nova textura e os novos sabores, fica mais fácil adaptar-se à textura, diante de um sabor mais aprazível (das frutas), para, só depois partir para a nova etapa, que é o preparo do paladar para os sabores das comidinhas, quando as texturas já não são problemas.

Ele amou as frutas! Todas que experimentou: banana, maçã, melão, mamão e pêra. E, se deixarmos, quer ficar mordendo-as com sua banguelinha linda. Um perigo!

Tem aceitado um pouco melhor a papinha salgada (amassada com o garfo) que, até hoje, estava sendo oferecida apenas na hora do almoço (a partir de amanhã já tem janta). Como não chega a comer os 150g que seriam suficientes para alimentá-lo, temos oferecido o leite, uma hora depois, como complementação.

Descobri, na semana passada, um livro que adorei: Meu Bebê Gourmet. Com dicas excelentes: sugestões de rotina alimentar, receitas, orientações sobre amamentação, introdução da alimentação. Recomendo!

Virou meu livro de cabeceira, ao qual tenho recorrido nessa difícil fase pela qual estou passando com Mateus (nem Lipe, nem Leti me deram trabalho para comer).

Sobre o exame de fezes que a médica passou no mês passado, tudo normal.

Sobre o pezinho rodado, falei com a fisio de Leti.  Ela disse que, realmente, estava um pouco rodado, mas não recomendou nenhum procedimento por enquanto. Como vive com as pontas dos dedos dos pés para baixo, minha amiga fisio Erika, orientou fazer uma escovação no peito do pé, para estimular que ele posicione os dedos para cima.

Novidade: hoje notei o aparecimento do seu primeiro dentinho. O incisivo inferior central. Coincidência ou não, nos últimos dias estava babando muito, teve uma febrinha e chegou a vomitar. (oh, meu sorrisinho banguela está se preparando para me deixar...).

Continua muito sorridente, não estranha ninguém, começa a dar os bracinhos quando oferecemos colo, faz a maior festa quando me vê, tem levado muito os objetos à boca, deitado, faz todos os movimentos possíveis e imagináveis na horizontal.

Ainda não se senta. Até com apoio, às vezes escorrega para o lado. Sem apoio, se sustenta poucos segundos, depois escorrega.

Ensaia começar a brincar funcionalmente com alguns brinquedos (girando uma bolinha, balançando um chocalho), mas sua preferência ainda é degustá-los. rs

Neste último mês foi ao circo, à praia, ao Parque de Pituaçu, ao Zoológico, ao Shopping. Fica sempre ligado em tudo. No zôo foi uma graça, ele ficou doidinho olhando os furões. Muito fofo!

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O blog e o seu papel

No último domingo fui com Leti assistir Dona Baratinha no teatro. 

Na saída, ao sentar para conferir sua fralda (ela tem usado fralda para sair), uma mulher me abordou perguntando seu eu era Janaína, do blog. Fiquei surpresa e respondi que sim, perguntando quem ela era. Ela, rapidamente, falou que conheceu meu blog através do blog de Ivana, e que tinha passado a acompanhá-lo porque fazia uma pós em AEE (atendimento educacional especializado). Pelo menos foi o que entendi naquela hora.

Quando ela ia saindo, perguntei qual era o blog dela e nos despedimos.

Voltei para casa pensando no ocorrido e lembrando de duas vezes em que passei por situações semelhantes.

A primeira, logo depois que criei o blog, foi no shopping. Eu andava pelo corredor, quando saía do banco e um homem, que estava parado num café, me abordou e me deu parabéns, num timbre de voz meio altivo. Quando (assustada) perguntei o motivo, ele respondeu que me parabenizava pelo blog e explicou que era pai de uma criança que também era atendida pela TO de Leti.

A segunda aconteceu também no teatro, quando, com Leti, me sentava para assistir a peça do Peixonauta. Uma mulher perguntou se eu tinha um blog e disse que tinha chegado a ele porque tínhamos o mesmo nome.

Confesso que fico feliz (e orgulhosa) com este reconhecimento. Fico me achando a tal (rsrsrs). 

Quando cheguei em casa, fui conferir o blog de Marina, um blog lindo onde ela fala sobre maternidade. E, coincidentemente, logo depois que deixei um comentário em seu último post, ela me adicionou no facebook, e, como ambas estávamaos on line, começamos a conversar.

Ela falou que acompanha o blog há um tempo, que em muitas passagens chorou de emoção, que em outras vibrou pelas conquistas de Leti e que torce muito por ela.

Achei o máximo e fiquei pensando na repercussão do blog.

É que às vezes, fico achando que escrevo para ninguém, ou só para mim mesma, para assegurar o registro de coisas que acho importantes, porque o número de seguidores do blog continua estanque, porque poucos são os comentários dos posts (não sei se toda blogueira se importa com isso), porque muitas vezes não recebo um feedback imediato...

Mas nos últimos meses, tenho tido um retorno gratificante aqui no blog. 

Conheci, pessoalmente, uma mãe especial que chegou ao meu blog através da indicação de uma blogueira de São Paulo, e que, coincidentemente, vai morar no mesmo condomínio que eu.

Conheci, virtualmente, uma outra mãe especial que mora no mesmo bairro que eu e com quem tenho trocado ideias e experiências por email.

Me reaproximei de uma antiga (e muito querida) colega de trabalho que, recentemente, ao tomar conhecimento da suspeita de transtorno de desenvolvimento do seu filho, lembrou-se do blog e me procurou para trocarmos ideias.

E, estreitei laços com uma antiga colega de faculdade (que à época era apenas uma conhecida) que, também diante de uma suspeita (já descartada) diagnóstica do seu filho, chegou ao blog através de uma outra colega em comum.

Fora isso, diversas foram as vezes em que fizeram contato comigo para pegar telefones de médicos, de terapeutas, para coletar informações sobre a escola de Leti, para saberem minha opinião sobre algum curso, ou alguma linha de tratamento, ao que sempre respondo o mais rápido que posso.

Por  outro lado, também por conta do blog, acabei conhecendo outros blogs, onde obtive valiosíssimas informações que me ajudaram muito nos encaminhamentos com Leti. E também diversos outros onde pude aprender mais sobre maternidade responsável, bem como rever valores e posturas no dia a dia com os meus filhotes.

Esse ambiente é viciante!

Aqui fazemos amigos, compartilhamos a vida de pessoas que talvez nunca conheçamos pessoalmente, acompanhamos o crescimento dos seus filhos, praticamente entramos em suas casas.

A exposição a que nos submetemos é compensada pelos amigos (virtuais) que fazemos e por tudo de bom que aprendemos por aqui.

Por isso, acredito quando minha amiga blogueira Marina diz que torce por Leti, porque eu também torço por Haniel, por Elian, por Mariana, por Lucas, pelo , por Léo, por Théo, adoro saber as novidades de Alice e Arthur, de Carol, Alice e João, de Bento, de Lucas e Miguel, de Gui, de Dhara, dentre tantas outras crianças, cujas vidas acompanho pela blogosfera...

E fico feliz de imaginar quantos outros "torcedores" ainda podemos ter no anonimato.

Definitivamente, depois de tanto pensar no assunto, acho que o blog tem cumprido o seu papel; seja socializando experiências e conhecimentos; seja expondo o nosso caminho em prol da inclusão, seja compartilhando dúvidas, alegrias, tristezas; seja oportunizando aos "torcedores" conhecidos ou anônimos participar um pouco da vida dos meus pequenos.


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