sábado, 19 de setembro de 2015

Amigos e Felicidade

A turminha de Leti vem trabalhando em sala o gênero textual convite. Sua atividade de casa de quarta foi elaborar um convite para uma colega de classe.
 
Para trazer o tema para o concreto, sua professora sugeriu que viabilizássemos a efetivação do convite.
 
Quando sentei com Leti para fazer a tarefa, antes mesmo de abrir o livro, ela já me dizia "local, data e hora", mostrando ter prestado atenção nas coordenadas dadas em sala.
 
A primeira etapa era escolher a convidada. E ela escolheu Sophia. Depois, definir os detalhes do encontro. Sugeri algumas datas e ela escolheu o sábado; a hora também foi escolhida por ela: 3 horas (da tarde). Por fim, ela deixou claro que queria fazer um piquenique.
 
E assim foi. Sophia chegou aqui hoje um pouco depois das 15h (trazendo uma cartinha pra Leti), descemos para nosso piquenique e, a partir daí, até a hora que o sol se pôs, tivemos uma tarde plena de brincadeiras: esconde-esconde no parque (antes de começar a chuviscar), princesas e bruxa (no caso, eu), mercado, comidinha, argila, castelo de princesas, cartinhas de animais...
 
Desta vez Teteu ficou conosco e, da mesma forma que Leti, curtiu muito a companhia da nossa convidada.
 
Em alguns momentos Leti resistiu um pouco à brincadeira mas, com minha intervenção e com o incansável carinho de Sophia, sempre se unia à diversão conosco.
 
Na hora de ir embora, desci com minha pequena para levar Sophia a sua mãe. Leti lhe deu beijo, abraço e, quando ela se afastou, chamou seu nome por umas três vezes, parecendo já sentir saudades.
 
Depois da despedida, a sensação que ficou foi a de convicção da importância dos amigos na vida das pessoas e a de felicidade plena porque minha pequena tem conseguido vivenciar este processo.
 

 
 





































 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Carinho, sensibilidade e discernimento

A pose foi enquanto o carro estava parado...
 
A companhia dele é sempre revigorante! O sorriso largo, a necessidade do contato, o desprendimento para demonstrar carinho... Tudo nele é intenso! Tanto as demonstrações de carinho, como as de ira. Mas meu amadurecimento como mãe faz com que eu entenda melhor este processo e lide com ele de uma maneira mais leve e eficaz.
 
Mas nem sei porque comecei a falar disso. O objetivo deste post era falar de uma tarde que tive com meu pequeno. Tenho tentado me proporcionar e proporcionar a meus filhos, além dos momentos em família, momentos exclusivos. Com cada um deles, fazendo algo que os dê prazer. Sexta passada a tarde foi de Teteu.
 
A proposta era vermos o Pequeno Príncipe no cinema, livro que amo e que inspirou a sua primeira festa de aniversário. Apesar de ouvir que a animação não era propriamente um filme infantil, resolvi levá-lo e arriscar, disposta a sair no meio se ele assim quisesse.
 
Ele estava animado, dizia ser o "grande príncipe", num processo de identificação que sempre rola com tudo o que assiste, e, de posse de um substancioso copo de milk shake, que fui obrigada a compartilhar, entrou na sala com todo gás.
 
Esteve atento por praticamente todo o tempo, às vezes captando um pouco do sentimento (ele tem uma sensibilidade fora de série), às vezes se divertindo por se divertir, até que cansou. Faltando uns 20 minutos para o fim do filme. Curiosa foi sua reação ao ver o "pequeno príncipe" crescido. Se espantou ao perceber que de fato havia um grande príncipe, papel que ele reputava a si mesmo. A expressão foi linda demais de se ver.
 
No finalzinho, quando pediu para ir embora, fiquei tentando entretê-lo para não perder o final da história. E deu certo!
 
O filme é lindo e faz uma importante reflexão sobre a infância nos dias atuais. Todos os adultos-pais-de-crianças deveriam assistir.
 
Minha ideia era sair de lá e ir para uma "praça" montada no canteiro central do shopping. Mas ele viu o Game Station e bateu pé que queria ir lá. Eu, que não gosto nada nada destes parques de shopping, acabei cedendo. O dia era dele. Justo que ele participasse da programação.
 
O parque estava vazio, o que me deixou relativamente mais tranquila para curtir com meu pequeno. Brincamos bastante, rimos, curtimos... Ele, obviamente, não queria sair de lá. Mas, depois de alguns combinados, conseguimos descer civilizadamente para a "pracinha".
 

 
 
O espaço está super gostoso. Com brinquedos de praça, como escorregadeiras, gangorras e roda-rodas, barraquinhas de lanche, espaço para contações de histórias e apresentações. Ele ouviu história, comeu pipoca, escorregou, rodou, balançou, cansou (mentira, quem cansou fui eu) e fomos embora.
 


 
 
Um episódio interessante ocorreu entre o momento que compramos o ingresso do cinema e fomos buscar o milk shake.
 
Há duas semanas, o levei ao shopping comigo para resolver umas coisinhas que precisava. Por duas vezes, uma quando estava numa loja e outra quando estava com ele no banheiro infantil, ele saiu correndo para longe de mim. Da primeira vez, vi e acompanhei para ver o que faria. Da segunda, por uma fração de segundos, o perdi de vista e não vi para onde tinha ido. Foram 30 segundos de pânico até encontrá-lo.
 
Das duas vezes, falei que não poderia sair correndo para longe de mim, porque alguém que o visse sozinho poderia pensar que ele não tinha papai e mamãe e poderia querer levá-lo para ser seu papai e sua mamãe e blá blá blá...
 
Dias depois, ele me relatava o medo que sentia de um brinquedo de Lipe. Eu aproveitei a oportunidade para lhe dizer que não precisava ter medo do boneco porque era só um boneco, sim, um boneco feio (um monstrinho assustador do filme de Harry Potter), mas que não podia lhe fazer nenhum mal. Que deveria sentir medo era de correr para longe de mim no shopping ou dentro de um estacionamento, porque, nestes casos, algo de ruim poderia lhe acontecer.
 
Conversando sobre o episódio com uma amiga no trabalho, ela dizia que tinha o mesmo discurso com seu filho pequeno, mas que não achava que isso o inibiria de repetir o comportamento, porque, pela idade, eles não compreenderiam a gravidade da situação.
 
Pois bem, voltando a nossa tarde. Quando saímos do guichê do cinema, ele ensaiou correr em busca do seu milk shake, mas, imediatamente, parou, segurou a minha mão, e me puxou para andar mais rápido. Quando chegamos ao destino ele me olhou e disse algo do tipo: "-você viu, mamãe? Eu não corri no shopping para longe de você."
 
Quase morri de amor e orgulho!
 
Me abaixei à sua altura, o elogiei pela atitude, o enchi de beijos e carinho, e fiquei ainda mais convicta de que, seja qual for a idade ou o nível de compreensão, o diálogo é sempre o caminho.
 
 

sábado, 12 de setembro de 2015

Um medo, uma história e o incremento da cumplicidade

Assim que chegamos ao Humaitá, caí na besteira de falar dos canhões e suas bombas. Leti, que só de ouvir a palavra 'bomba' já se enche de medo, começou a mostrar sua resistência, repetindo 'bomba, não; bomba não'.
 
Tentei lhe explicar que aqueles canhões já não soltavam suas 'bombas' e, ao olhar para o forte ali do lado e para os navios em alto mar, lembrei-me da experiência no Museu das Armas em Paris e resolvi lhe contar uma história.
 
Sentamos ali e lhe disse que há muitos a...nos, quando nem vovó ainda tinha nascido (será que ela compreende isso?), os piratas chegavam em navios como aqueles que estávamos vendo, para roubar nossas riquezas (nossos picolés, bolos, sorvetes... hahaha), então os policiais que ficavam em cima daquele forte viam os navios que se aproximavam e avisavam para os policiais que estavam embaixo. Para proteger nossas riquezas, os policiais pegavam as bolas de canhões, colocavam dentro dos canhões, apontavam para o navio que estava bem longe e... BUUUUMMMMM! Conseguiam derrubar o navio e proteger nossas riquezas.
 
Mas isso foi há muito, muito tempo. Hoje os canhões estão aqui só para nos contar um pouco da nossa história, não funcionam mais.
 
Ela ouviu cada detalhe atentamente, certamente assimilando cada informação, mas não se livrou dos medos.
 
Pelo resto da tarde apreciamos os canhões apenas de longe.
 
 
 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Rolou no Feriadão...

Apesar de não termos viajado, tivemos um fim de semana prolongado bem divertido por aqui.
 
Nosso sábado começou com zoológico. Há tempos não íamos lá. Fizemos todo o percurso devagar, respeitando o ritmo das crianças, dando a parada estratégica para o picolé no meio do caminho.
 
O zôo está longe da perfeição: encontra-se um pouco descuidado, com poucos animais e tem a mega ladeira que desestimula qualquer atleta. Mas, ainda assim, vale muito o passeio!
 
As crianças se divertiram com macacos, grandes felinos, um super jacaré, zebras, camelos, tamanduá, aves diversas...
 
Mateus estava eufórico! A cada animal, parecia uma super-hiper-nova-descoberta! Leti, apesar de um pouco resistente, e de pedir pelo piquenique repetidas vezes, fez todo o percurso demonstrando prazer e sem dar trabalho com a caminhada. Como está aficcionada por halloween, ficou doida quando viu um esqueleto logo na entrada do zoológico.
 
Terminado o trajeto, sentamos na área de piquenique, lanchamos o bolo que fizemos juntos em casa e aproveitamos para nos divertir com alguns apetrechos que levamos: livros de histórias, bola de sabão, jogos, instrumentos musicais... Foi uma delícia!
 
















 
 
Neste momento, um casal de amigos chegou com a filhota (minha afilhada) e aproveitamos para dar uma nova olhada nos animais que estavam mais próximos com a pequena. Mateus nos acompanhou e Leti ficou com Samir, sentadinha, nos aguardando. Já tínhamos exigido demais da sua resistência física para o dia.
 
À tarde iríamos ao estádio, ver o Vitória jogar. Já tínhamos acertado com a vovó para ficar com os pequenos, Lipe ficaria em casa com dois amigos e eu iria com Samir. Mas na hora de sair Mateus encasquetou que queria ir também. Acabamos levando, mesmo sabendo da possibilidade de ele querer voltar antes do jogo acabar.
 
Apesar dele efetivamente pedir para ir embora antes do final do jogo, se comportou super bem e aguentou mais do que imaginávamos, já que chegamos uma hora antes do jogo começar e ele só pediu para sair faltando 10 minutos para o final do jogo. Nota 10 para meu pequeno!!!
 




 
 
No domingo, passamos a manhã em casa e, na hora do almoço, fomos dar um abraço num amigo querido que fazia aniversário. Os pequenos se esbaldaram na areia e no parquinho e Lipe alternou momentos de diversão com os irmãos com outros de interação com uma amiga adolescente. De lá fomos aproveitar a maré baixa numa praia perto de casa. As piscininhas estavam convidativas, apesar do vento que insistia em bater forte. Leti e Mateus, como sempre, amaram! Não se intimidaram com o frio e aproveitaram tanto o banho de mar como as brincadeiras na areia. Teu no início ficou um pouco assustado com as ondas batendo forte nas pedras, mas quando percebeu que não chegavam com força até a piscininha onde tomava banho, se soltou. Ficamos lá até o sol se pôr e voltamos para casa com as crianças à milanesa e a ponto de exaustão para uma boa noite de sono.
 





 
 
Na segunda, a programação principal seria o desfile de 7 de setembro.
 
Os pequenos tinham amado no ano passado, então estava tudo certo para repetirmos a dose. Mas algo mudou de lá para cá...
 
Logo que descemos do carro, Leti começou a dar mostras de temor. Segurava minha perna e dizia que não queria ver o desfile.
 
Combinamos que andaríamos um pouco, até eu achar um lugar para tomar café, já que saí sem comer, e que se ela efetivamente não quisesse ficar, voltaríamos.
 
Tínhamos esperança que se animasse vendo as bandinhas, os animais, os policiais se organizando para o desfile...
 

 
 
Mas ela não relaxava.
 
De uns tempos pra cá passou a sentir alguns medos e a expressá-los. Percebi no São João, quando ela começou a referir um medo dos fogos. Quando ouvia um estouro, falava "estou com medo", e me procurava, buscando conforto. Depois de alguns segundos abraçadas, ficava melhor.
 
O estímulo estava visivelmente demais para ela. Por isso, optamos por voltar antes mesmo do desfile começar efetivamente.
 
Voltamos para casa, ela cochilou um pouco e, no final da manhã, meus pais e minha irmã com a família chegaram para um banho de piscina.
 
Na piscina, ela e Mateus aproveitaram até não poder mais. Lindos os sorrisos da minha pequena ao simular o nado com uma prancha do primo. Deliciosos os sorrisos de Teteu e dos primos pulando nos braços da minha irmã... Uma manhã deliciosa!
 




 
 
Teteu saiu para almoçar com os primos e eu fui com Lipe e Leti para a casa da sogra. Como estamos em setembro, fomos degustar um tradicional caruru, aproveitando a companhia dos deliciosos sobrinhos.
 
 
 
À tarde, fui ao mercado com Leti, comprar ingredientes para fazer umas guloseimas para o aniversário da vovó, fizemos atividade da escola, brincamos, lemos livros, vimos TV... Teteu, que acabou indo ao cinema com a tia depois do almoço, já voltou de noite, cansado para dormir.
 
E lá se foi nosso feriadão...
 
 
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