domingo, 29 de dezembro de 2013

Um Ano para Agradecer - Parte 2

Feliz de quem chega ao fim do ano e tem que sequenciar os posts para falar daquilo que deseja agradecer.

O tema de hoje é escola.

O segundo semestre de Leti na escola foi de emocionar.

Ela deslanchou no interesse pelo inglês, o que me aproximou da professora da língua, com quem passei a ter mais contato.

Ela aumentou seu tempo de concentração nas atividades, passando a dispensar a presença de uma pessoa a seu lado tempo integral para assegurar a sua realização (respeitando-se, claro, o seu ritmo e as suas limitações).




Ela começou a dar figuração humana aos seus desenhos, na tentativa de desenhar o Mike, do Monstros SA, e ficou menos resistente ao uso da tesoura.

Ela passou a participar mais da rodinha, permanecendo atenta a tudo o que era falado, atendendo a comandos, participando das aulas com mais autonomia e interesse e chegando a influenciar na atividades propostas com suas intervenções.



Ela despertou ainda mais para o mundo escrito ao seu redor, sendo flagrada diversas vezes apontando para palavras encontradas ao longo da escola.

Ela dormiu menos, fez menos xixi na roupa.

Ela desejou repetir uma atividade de pintura com tinta no ateliê, ajudou a produzir o cenário do desfile e se encantou com a descoberta dos efeitos do plástico bolha.




Ela criou uma história junto com seu colega.

sua parte em negrito


Ela aprimorou seu raciocínio lógico, sua criatividade, sua produção textual, seu conhecimento de mundo.

Ela desfilou, linda, na praça, acompanhada da sua pró, para um grande público (quando colegas típicos pediram colo e até desistiram de enfrentar a passarela).




Ela surpreendeu alguns colegas, ao mostrar que conhecia os números.



Acho que neste ano Leti desabrochou.

E para que esta linda flor pudesse florescer, foi imprescindível a participação da família, dos amigos e de cada um dos profissionais que a acompanha.

Na escola, foi fundamental a participação de Marcele, sua professora.

Confesso que comecei o ano meio receosa em relação a ela. Tinha tido uma experiência glamourosa com pró Wendy e pouco sabia da pró que acompanharia Leti no ano de 2013.

Dela, apenas as excelentes referências de Wendy, as quais eu não sabia se podia reputar a sua efetiva competência profissional, ou ao laço de amizade que as unia.

Mas, passado um ano letivo, pude constatar que suas referências, foram, realmente, imparciais.

Marcele chegou de mansinho e, a príncípio, teve como principal objetivo conquistar a confiança de Leti. Com muito carinho, colo e algumas concessões, um vínculo forte logo se formou. E acho que, por isso, o trabalho pedagógico deu tantos frutos em 2013... Ter a professora como pessoa de referência na sala (e não a auxiliar ou a estagiária) faz uma grande uma grande diferença no aproveitamento da criança.

Era reconfortante chegar na escola e ver sempre Leti envolvida com ela, perceber sua sensibilidade para abordar suas questões sensoriais, seu engajamento para encontrar a melhor maneira de incluí-la nas atividades, sua atenção na hora da ansiedade do lanche, seu cuidado quando minha pequena chegava sonolenta pedindo colo, que eu julgava ser a única a poder oferecer, sua cumplicidade...

Ela investiu na minha Princesa da Primavera e colheu os frutos do seu investimento. E eu, como uma boba mãe, só tenho o meu reconhecimento a oferecer.

E por isso quero agradecer. Agradecer por este ano abençoado que presenteou minha filha com uma professora tão delicada e, ao mesmo tempo, forte, determinada, competente, apaixonante!

Agradecer a toda a equipe da sua escola, e, em especial, a Érika e Andreia, coordenadora e diretora, que foram parceiras importantes em nossa caminhada ao longo do ano.

A todos integrantes da família Gira Girou (porque é assim que vejo a equipe da escola, dentro e fora dela), o meu muito obrigada, pela atenção diferenciada dada a minha pequena e pela seriedade com que desenvolvem o seu trabalho, e o meu desejo de que todos os seus sonhos sejam realizados.



sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Um ano para agradecer - Parte 1



Quem acompanhou minha saga aqui pelo blog sabe que tive um início de ano difícil! 

No início do ano, percebemos um retrocesso nos comportamentos de Leti, que deixou a todos muito preocupados. Seus comportamentos auto-agressivos estavam tão recorrentes que cheguei a aventar a possibilidade de aceitar a prescrição de uma medicação para controlá-los.

Aceitando a sugestão da TO que a acompanha, e que hoje é minha grande referência nos encaminhamentos terapêuticos da vida da minha pequena, a levamos para avaliação com uma psicóloga, que sugeriu algumas intervenções (no relatório que postei aqui e aqui) que foram postas em prática ao longo do ano.

Minha maior dúvida, àquela época, era como operacionalizar seu ingresso no Ciranda (Centro de Integração da Infância), já que isso implicaria na redução da sua participação nas atividades escolares (uma vez que só havia disponibilidade do Ciranda no mesmo turno da escola).

Com um pouco de receio, optamos por investir no Ciranda e mantê-la na escola, durante o primeiro semestre, apenas dois dias por semana, o que se regularizou no segundo semestre, quando foram abertas turmas do Cirando no turno oposto ao da escola.

Findo o ano, posso constatar, com muita alegria e conforto para o coração, que a decisão tomada foi mais que acertada.

O trabalho que o Ciranda desenvolve é fenomenal! Um trabalho verdadeiramente individualizado, com foco na abordagem desenvolvimentalista e que dá resultados inquestionáveis.

Na semana passada, fui para uma reunião de fechamento de semestre com a psicóloga que coordenava o grupo de Leti e com Ana Marta, que, embora não seja mais a TO de Leti, porque Leti não tem mais atendimento individual com TO, hoje ocupa um lugar muito mais importante em nossas vidas, de coordenadora das atividades terapêuticas da minha princesa.

Na reunião, Priscila, a psicóloga, enumerava os avanços de Leti, mostrava vídeos, fotos, desenhos, e indicava algumas estratégias utilizadas ao longo do semestre, para fomentar seu melhor desenvolvimento, em aspectos selecionados para um trabalho mais ostensivo ao longo do semestre.

Em diversos momentos me emocionei ao constatar seu comprometimento, seu empenho, sua sensibilidade, sua firmeza e sua competência para dirigir o trabalho com Leti no Ciranda. Os resultados alcançados, devidamente catalogados, são fruto, certamente, da seriedade com a qual ela assumiu o compromisso de cuidar da minha filhota.

Todo o trabalho desenvolvido, inclusive pelo brincante e pela professora de inicialização musical, foi detalhadamente registrado no relatório de evolução (que anexo na íntegra, com a devida autorização), que logo no início reserva um precioso parágrafo para enumerar todos os progressos da minha pequena apenas neste segundo semestre.

Melhor que ler todos os aspectos nos quais a minha pequena evoluiu, é constatar, na prática, o resultado desta evolução em nosso dia-a-dia.

E é por ter gente especial assim em nossa vida, como Ana Marta e Priscila (e toda equipe do Ciranda), é que, neste fim de ano, agradeço a Deus e peço-lhe, apenas, que encha suas vidas de muita luz, para que continuem sendo instrumento de evolução na vida de tantas crianças.











domingo, 22 de dezembro de 2013

Gramado em Família



Em junho, quando estive em lua de mel com maridinho em Campos do Jordão, decidimos, por lembrarmos recorrentemente de Gramado, levar os três pimpolhos ao Natal Luz no final do ano.

Gramado, além de ser uma cidade linda e acolhedora, tem um sentido especial em nossas vidas, afinal foi lá, há exatamente 3 anos, que Leti desandou a falar e, linda, se emocionou ao ver o papai noel no grande desfile.

Queríamos ver sua reação ao voltar lá,queríamos apresentar a cidade que tanto nos encanta ao nosso caçulinha...

Na verdade, achávamos que faríamos a mesma viagem, agora com a família um pouco maior. E isso bastaria para nos proporcionar excelentes dias de férias.

Mas não! 

Fizemos outros passeios, vimos coisas diferentes em passeios que havíamos feito na viagem anterior, experimentamos sensações diferentes...

Experimentamos o frio, a neve. No Snowland, parque aberto há menos de dois meses. O parque, dividido em duas partes, abriga a montanha da neve, onde temos a oportunidade de praticar esqui, airboard, tubing, snowboard... 




Como só há roupas para neve a partir do tamanho 4, Mateus não pôde entrar. Leti resistiu um pouco à vestimenta, mas acabou cedendo. Entrou, brincou no castelinho, caiu para trás, viu as réplicas dos animais pré-históricos, experimentou, de fato, a neve e foi tirada de cena. Como gostou da sensação de ficar pegando a neve e levando à boca, preferi não ficar muito tempo com ela lá dentro, por medo das consequências do frio longe de casa (a temperatura variava em torno de -5 graus). Lipe curtiu até não poder mais. Queria ter andado de snowboard, mas como precisaria fazer uma aula agendada apenas para a tarde, acabou desistindo. Mas o parque é fantástico! Só não foi melhor porque meu pequenininho não pôde curtir junto com a gente.

Experimentamos o encantamento do Korvantuturi. Um espetáculo lindo, com uma hora de duração, em cartaz o ano inteiro, que conta a história da origem do natal.



Segundo a descrição do site, "uma explosiva fusão de teatro, dança, técnicas circenses e cenários virtuais revelam um espetáculo emocionante para todas as idades".

De fato, do baby ao veterano, todos ficaram extasiados! Recomendo muito!

Nem o snowland, nem o korvatunturi existiam há três anos. Foram gratas surpresas da viagem.

Além deles, conhecemos outra novidade: o Parque Floribal.

O parque, da fábrica de chocolate que leva o mesmo nome, foi construído dentro de uma vasta área verde que permanece conservada e é um agradabilíssimo passeio para os pequerruchos. Na verdade, é um parque para contemplar o simples prazer de estar próximo à natureza, já que não há muitas opções de brinquedos para entretenimento, mas mais esculturas de cera que servem para compor o cenário e incrementar a cultura infantil (como aldeias indígenas, seres mitológicos, pré-históricos, animais...). Para nós, foi um passeio de um turno, que só não foi melhor por causa da chuva que teimou em cair.






Aqui, vale uma parada para contar um detalhe. Com a chuva, formaram-se poças ao longo do caminho, o que instigou Leti, à semelhança do seu desenho favorito do momento, Peppa, a tentar pular em "poças de lama". Foi lindo vê-la animadíssima, tentando "pular em poças de lama"!

Além dos passeios novos, alguns antigos também nos reservaram surpresas. O Alpen Park agora tem uma montanha russa e um Alpen Baby, que não existiam em 2010. O Mini Mundo agora traz uma réplica do Museu do Ipiranga, que eu não conhecia. O Mundo a Vapor oferece um pequeno passeio de trenzinho e expõe uma harpa com cordas invisíveis (a laser), que podem ser tocadas pelos visitantes. No Museu de Cera, não me lembrava ter visto as réplicas de Neymar, Harry Potter e Bob Esponja...

Alpen Park




Mini Mundo




Concentrada no Mundo a Vapor

Harry Potter no Museu de Cera

Conhecemos a Vila de Natal, que já existia, mas que não tivemos a oportunidade de visitar da outra vez. Um espaço super aconchegante, com um pequeno parque para os menores, barracas de artesanato e espetáculos gratuitos do Natal Luz. Gostamos tanto que fomos duas vezes!




No primeiro dia, uma garotinha da idade de Mateus, neta dos donos de uma barraca de artesanato, se jogou para nós. Brincou com Teteu no carrinho, admirada com seus cachos, e chorou ao voltar para os familiares. Uma fofa, com um bebezês do nível do meu pequeno. Ai que vontade de trazê-la na mala...


O hotel (Alpestre) foi uma atração à parte. Para nossa sorte, nos acomodaram no subsolo, onde a varanda dava acesso a uma enorme área verde com parque e piscina. A vista era espetacular! Bastava abrir a porta da varanda e aquilo tudo estava à nossa disposição. Caminhamos muito pela área verde e brincamos em balanços, gangorras e roda-rodas... Quanto à piscina, apesar dos três terem tentado driblar a segurança, não encaramos aquela água gelada e optamos pela piscina aquecida do spa, muito mais agradável, e que ficava no mesmo andar, numa área fechada. No mesmo andar ficavam também o restaurante onde era servido o delicioso café da manhã e a brinquedoteca que, diariamente, trazia uma rica programação para a criançada.











Fiquei impressionada com o cardápio do hotel, que contemplava opções de alimentação infantil por idade (infelizmente só o descobri no penúltimo dia da viagem). Papinhas para bebês até um ano; comidinha mais simples para bebês de 1 a 2 anos; outras opções para crianças entre 2 e 3 anos; e o cardápio infantil que encontramos corriqueiramente em restaurantes e hotéis.

Mateus, que me deu o maior trabalho para comer na viagem, se esbaldou no cozidinho de carne (para crianças de 1 a 2 anos) que pedimos lá.



Apesar da ansiedade com a comilança, já que a dieta foi liberada, Leti se divertiu bastante! Adorou e repetiu o trenó do Alpen Park, brincou na gangorra do hotel, deleitou-se no gelo do Snowland, brincou no parquinho do Mini Mundo, curtiu a Aldeia do Papai Noel, tocou na harpa invisível do Mundo a Vapor, brincou na Vila de Natal, pulou em poças de lama, assistiu, muito interessada, ao Korvatunturi, ao Au Au, uma Aventura de Natal e ao Grande Desfile...

Mateus não pôde participar de todas as atrações, por conta da idade, mas estava visivelmente muito feliz!

Daquilo que havia planejado fazer, não conseguimos ir à Pizzaria Temática de Bruxas, que estava fechada no dia que fomos até lá, nem ao Lago Negro, onde pretendia fazer um piquenique, que acabou acontecendo na Aldeia do Papai Noel. Por acaso, no dia em que tentamos ir à Pizzaria das Bruxas,  que fica em Canela, acabamos parando na Casa da Serra, pizzaria sem pompa, mas com um serviço impecável e uma pizza maravilhosa!



Aldeia de Natal



Um aspecto que deixou a desejar, no meu ponto de vista, foi a falta de estrutura dos restaurantes para o acolhimento de crianças. Em nenhum que visitamos havia um parquinho, uma brinquedoteca, ou sequer, um desenho impresso com giz de cera para pintar. Como há uma proposta da cidade de entretenimento para crianças, acho que isso deveria ser melhorado. Para conseguirmos fazer as refeições sossegados, acabávamos recorrendo a episódios de Peppa baixados pelo itube, no iPad. No último dia, quando sentamos para jantar, Leti, toda animada, já foi falando em tom alto: - Oba!! Peppa no iPad!!

Le Petit Clos

Mas, tirando esta pequena observação, a viagem foi uma delícia!

Fomos duas vezes ao Pastaciutta, nosso restaurante favorito. Uma delas com Vaneska, amiga querida que encontramos por lá. Fomos à pizzaria temática Baú de Pirata, que tem uma pizza simplesmente deliciosa. Comemos fondue duas vezes. A primeira no Al Moretto, com preço justo, e regado a um refinado som de violino; a segunda no Chateau de la da Fondue, caríssimo, que não difere muito, em sabor, do primeiro. Fomos ao restaurante Sabor Rural, cuja indicação colhi na internet, que tem uma proposta mais rústica, com uma comida caseira. Eu não gostei muito da comida, e achei caro para o tipo de comida, mas o lugar paga o ingresso. Uma área verde linda, com um lago delicioso, envolta por animais de fazenda. Tive momentos especiais com meus filhotes lá. Lipe, que de calundú se recusou a almoçar, depois aproveitou para curtir sua irmã, brindando-a com carinho espontâneo e sincero.

Baú de Pirata


Pastaciutta

Al Moretto

Sabor Rural


Apesar da vasta programação, o tempo não ficou corrido. As crianças puderam tirar o cochilo vespertino no hotel todas as tardes, e conseguimos conciliar as atrações programadas com momentos de despreocupado deleite dentro do hotel.

Na viagem, tivemos diversas oportunidades de testemunhar o amor de Lipe com seus irmãos, seu cuidado, sua irreverência que tirava de Mateus incansáveis gargalhadas, soando como música aos meus ouvidos, como também suas rabugices, próprias da idade... Brincamos de bolinha de sabão, de bola de soprar, de esconder em roupa suja... Dormíamos e acordávamos juntos. Na viagem nos cansamos (eu e o papai), nos revezando nos cuidados com os pequenos. Na viagem, trocamos muitos beijos, sorrisos e carinhos. Na viagem estreitamos ainda mais os laços com o tio Piton e com Mamau, que nos acompanharam nesta empreitada. Na viagem nos encantamos, percebendo quanto Leti mudou - para muito melhor - desde a última vez, quanto Lipe amadureceu e quão preenchedora é a presença do nosso caçula em nossa família. 

Na viagem, pudemos experimentar, principalmente, o sabor da felicidade que permeia os pequenos atos do nosso dia-a-dia.


brincando no meio da roupa suja

encantada com a árvore de natal











um dos vários momentos em que foram encontrados juntos


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