domingo, 17 de janeiro de 2016

Leti Esfomeada

Na casa da dinda, o papai lia um livro para entreter a pequena (O Grande Urso Esfomeado), quando Peu intervem:

- O nome do livro que não existe: Leti Esfomeada!

- Leti Esfomeada na-na-na-na-não! Eu não sou esfomeada. Sou Letícia Mascarenhas!
 
 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Férias, Família e Felicidade

Antes de acertarmos a inusitada viagem de réveillon, planejávamos passar uns dias em Praia do Forte com as crianças no período que coincidiria o início das minhas férias com o final das de Samir. Buscávamos um lugar frente mar, próximo à vila e com um preço pagável para o verão da Bahia.
 
Chegamos a reavaliar depois que voltamos de Imabassahy, por conta da despesa extra, mas eu sentia uma grande necessidade de estarmos juntos, só nós cinco.
 
Por conta da experiência anterior, tínhamos acordado (eu e Samir) que novamente iríamos sem nossa fiel e escudeira secretária, que se encarrega dos deliciosos quitutes do nosso lar há mais de 5 anos, embora antes tivéssemos aventado a possibilidade de levá-la.
 
Conseguimos, por intermédio de uma amiga do trabalho, um vilage simples, de dois quartos, pé na areia, e a poucos passos da vila, uma semana antes da data pretendida. Exatamente o que precisávamos!
 
Tivemos um pouco mais de tempo para arrumar a bagagem, o que permitiu uma melhor organização da logística alimentar para os dias da viagem. Levamos de casa, de novo, a comidinha de Leti e de Mateus, com uma variedade um pouco maior, coisinhas para o nosso café da manhã e ingredientes para eu preparar um jantarzinho especial para os "grandes", em uma das noites que estivéssemos lá.
 
Quando chegamos lá, no final da tarde de segunda feira, me apaixonei instantaneamente pelo lugar. Que energia!!! Senti que teríamos dias incríveis ali até quinta feira, quando iríamos embora, fechando com chaves de ouro as férias do maridão. E não me enganei.
 
 
 
Pensava em talvez visitar a Praia do Lord, um pouco mais distante, mas não vimos necessidade, por conta da delícia que a Praia do Portinho, em frente ao vilage, ficava nos momentos de maré baixa, com suas piscininhas cheias de peixes. Imaginei também visitar o Projeto Tamar num final de tarde (já que em todas as vezes que fomos foi embaixo de sol forte), fazer um piquenique no Castelo Garcia d´Ávila e, talvez, conhecer a Reserva Sapiranga.
 
Da programação avulsa só fomos ao Tamar. O castelo estava certo para o último dia, mas Leti passou muito mal durante a madrugada, com diarreia e vômitos, o que nos fez antecipar o retorno para casa, deixando a programação do dia em aberto.
 
Nossos dias lá foram regados a muita água, cor e areia. Água do mar, da piscina e dos balões de soprar, que renderam batalhas divertidíssimas; areia da praia e do Projeto Tamar, que proporcionaram deliciosas experiências sensoriais; cores de tintas, de lápis de cor, de massas de modelar, do sol, do mar, da grama, da paz ao anoitecer.
 







 
 
Lá tivemos oportunidade de brincar sem hora pra parar, de curtir a companhia da nossa família, de respeitar o tempo e o desejo de cada um dos nossos filhos, de nos ajudar, de viver o ócio...
 
Fomos à praia cedo só com os pequenos, enquanto Lipe dormia; os "homens" foram à vila, enquanto fiz companhia a Leti, que preferiu voltar ao vilage para assistir desenho; fui, com Teteu, acompanhar Lipe no para-sail, enquanto Samir pageava o sono de Leti; Lipe ficou de sobreaviso uma noite para podermos ter uma noite de casal...
 
E tudo funcionou perfeitamente bem! Impressionante como dá leveza à viagem ter um olhar especial para a individualidade de cada filho, para seus interesses, seu tempo...
 
Leti resiste muito a sair da sua zona de conforto. Às vezes porque de fato não quer algo, outras simplesmente por comodidade. No primeiro dia em que fomos à praia, ela bateu pé que não queria ir, embora tivéssemos certeza que ela curtiria o passeio.
 
Samir seguiu na frente com Mateus e fiquei um pouco com ela para que, no seu tempo, pudéssemos fazer o nosso passeio sem traumas. Depois de um pouco de conversa e de avistarmos Samir e Teteu na praia, da varanda do quarto, no primeiro andar, (o que levou cerca de 15 minutos), ela topou ir comigo para a praia, de onde não queria sair na hora de ir embora.
 
O mesmo aconteceu em dois outros episódios: 1) Na primeira noite, queríamos ir à vila para comer uma coisinha. Ela já tinha jantado e insistia em ficar "em casa". Conversamos um pouco e combinei que iríamos, para ela ver do que se tratava e, caso ela efetivamente quisesse voltar, eu voltaria com ela. No meio do caminho ela empacou dizendo que queria voltar. Como sou uma mulher de palavra, me preparei para voltar com ela, quando Samir e Lipe ameaçaram desistir do passeio. Em comum acordo, resolvemos que eles continuariam com Teu e apenas eu voltaria com Leti. No caminho de volta ainda sentamos num banco por uns minutos para ouvirmos uma música ao vivo que tocava num bar, e depois retomamos nosso caminho de volta, quando aproveitei para reforçar que estávamos voltando conforme havíamos combinado. 2) No dia do Projeto Tamar ela também resistiu para sair. Respeitamos um pouco seu tempo e seguimos todos pra lá. Ela não curtiu muito a visita aos animais e queria ficar se lambuzando na areia o tempo inteiro. Combinamos que faríamos um passeio curto e depois iríamos ao "lugar de brincar na areia". Apesar d´ela vez por outra tentar se esparramar no chão para manipular a areia, deu a voltinha conforme o combinado, até irmos para onde queria.
 
E, no frigir dos ovos, o deslumbre do cenário de Praia do Forte, com todas as suas belezas naturais e opções de lazer, foi um mero detalhe para o que, de fato, marcará a minha memória nesta nossa pequena viagem: as pinturas na grama, as guerras de balões cheios d´água regadas a gargalhadas intermináveis, a louça espontaneamente lavada pelo marido depois do preparo do jantar especial, super aprovado por ele e por Lipe, as leituras na rede para os pequenos, os sorrisos da minha princesa, a adrenalina por Lipe no paraquedas preso na lancha, os momentos de cumplicidade que só um momento a sós num lugar especial pode inspirar.
 
















 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Leti Judoca!

E, atendendo à sugestão do psiquiatra, ela começou a fazer judô!
 
 



segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Feliz 2016!

Não tinha grandes planos para o meu réveillon. Pelo contrário. Todos os anos passamos na casa da minha sogra, num evento bem familiar, onde as duas famílias normalmente se encontram (minha e de Samir), mas sem grandes badalações. Mas a companhia da família, por si só, já rende boas resenhas e é disso que gosto. Não sinto falta das grandes festas de fim de ano, para onde não ia mesmo antes de ter filhos.
 
Mas este seria diferente. Como minha sogra iria com minha cunhada para Imbassahy, tínhamos decidido que ficaríamos em nossa casa, para evitar o vai e vem dos pequenos dormindo. Colocaríamos Leti e Mateus para dormir no horário habitual, eu faria um jantar diferente (Lipe tinha escolhido risoto e Samir, camarão), e ficaríamos os três juntos até a virada do ano: conversando, vendo um filme, jogando rummikub...
 
Eu estava super satisfeita com a programação, sentindo que seria um fim de ano especial, mas os meus rapazes nem tanto.
 
E eis que, no dia 31, perto do meio dia, depois de muita conversa fiada no grupo de whatsapp da família, acabamos conseguindo alugar um vilage no mesmo lugar em que minha sogra estava com minha cunhada, e mudamos de planos.
 
Conseguimos um preço pagável, uma excelente companhia para ratear as despesas e, em menos de uma hora, arrumamos a bagagem de cinco para passarmos 3 dias em Imbassahy, depois de ir almoçar com minha família, na casa da minha mãe.
 
Apesar da excelente companhia que teríamos, tanto do amigo-irmão que dividiria o vilage, como da família de Samir, que estava numa unidade bem próxima, eu não tinha grandes expectativas para a viagem. A opção de lazer era uma piscina (que já temos em nosso condomínio), a praia era relativamente longe e não muito kids friendly e estaríamos numa casa, por 3 dias, com 3 crianças, sem ajuda da nossa secretária ou babá, tendo que dar conta de nós, dos pequenos e da casa, que pra mim seria o problema.
 
Mas o melhor de não criar expectativas é que as chances de superá-las aumentam sensivelmente. E o que eu achei que seria um final de semana "legal" porém trabalhoso, foi, para mim, sensacional! E o mais surpreendente: o melhor para mim foi exatamente não ter ninguém para fazer nada por nós durante aquele período. Como Samir é um pai super participativo, poder dividir com ele todos os cuidados das crianças naquele período, que não são poucos, considerando as necessidades de uma criança com deficiência e de uma criança pequena, tornou tudo mais leve. E eu, que achava que não teria tempo para me coçar, me arrependi de não ter levado um livro para ler, porque sobraram momentos na rede nos quais eu poderia ter me deleitado numa boa leitura.
 
Eu sentia que devia a Leti uma viagem, por menor que fosse, para um lugar de praia, pelo fato dela não ter viajado conosco para a Disney. Coisa de mãe, porque ela em momento algum expressou tal necessidade. A oportunidade, então, caiu como uma luva.
 
O que deu o tom da viagem foi o que busco para a minha vida, não para 2016, mas para todos os anos que ainda estão por vir: simplicidade!
 
O vilage era bem simples; com todo o necessário para nosso conforto, mas sem qualquer luxo. Mas a grama verde pelos arredores, as redes na varanda, a possibilidade de ter as portas abertas o dia inteiro, para poder usufruir da companhia dos amigos queridos que nos acompanharam na empreitada e da família de Samir, que é sempre garantia de momentos divertidos e altas resenhas, foram mais que suficientes para me proporcionar um fim de semana relaxante e feliz, apesar da trabalheira que eu imaginei que teria. (apenas senti falta de ter a minha família também por perto).
 
Ver a expressão de plenitude dos meus pequenos, na água ou na areia; ver meu adolescente imerso no clima de família, fosse participando da resenha com os adultos, ou divertindo, espontaneamente, os pequenos; usufruir mais da companhia de minhas pequenas afilhadas e do meu querido sobrinho; cansar de descansar, rir até não querer mais, sentir mais na pele o real valor da família renovaram todas as minhas energias para começar um ano novo com um sentimento novo, que espero poder levar para os dias que virão.
 
Infelizmente, no penúltimo dia da viagem, um incidente com Leti (de autoagressão ao extremo) me deixou, por alguns minutos, desnorteada e sem chão, mas a sensibilidade e experiência de Samir, que sempre vêm à tona quando sinto fraquejar, permitiram que contornássemos a situação e retomássemos o sentimento de leveza que nos invadiu durante toda a viagem.
 
E assim, com o coração leve, venho compartilhar meus votos para que todos possam achar na simplicidade a felicidade que buscam para o seu dia a dia.
 
Feliz ano novo!
 




































 
 
 
 
 
 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...