sábado, 15 de março de 2014

Felicidade em Triplo

E ainda há pouco tirava roupas empilhadas no maleiro que não cabiam em mim há muuuuuito tempo. (felicidade 1)

Depois de experimentar uma a uma, para saber o que já poderia ser pendurado no guarda roupa,  depois de perder 6kg, deixei tudo espalhado no chão e saí para colocar Mateus para tirar o seu cochilo matinal.

Neste intervalo, Leti subiu do kids club, pedindo para assistir Peixonauta no meu quarto.

Antes de abrir a porta, a alertei (já pensando na zona que estava o quarto):

- Filha, cuidado com o que vai ver quando entrar.

- O quarto de mamãe, está o quê, filha?

Imediatamente, e cheia de si, responde:

- Está cheio de bagunça!!!!!! (felicidade 2)


Logo depois a babá chega, e lhe convoca:

- Leti, vamos ao banheiro fazer xixi!

E ela, muito serelepe:

- Agora???? (felicidade 3)

Essas sacadas e percepções da minha filhota, de fato, me deixam muito, muuito, muuuito feliz!!!!!

Bom fim de semana, gente!

domingo, 9 de março de 2014

Fim de Semana com Sabor de Doce de Leite

Foto daqui
O fim de semana foi intenso! Aliás, como costuma ser. E cheio de encantos e agradáveis surpresas!

Para começar, foi um fim de semana de poucos (aliás, apenas um) tropeços no desfralde, que vinha apresentando um pequeno retrocesso. Tivemos xixi e cocô no banheiro do cinema, xixi na casa da vovó, e todos os outros, exceto um que escolheu o colo do papai, no penico em casa. Motivo de grande comemoração!!!

E por falar em cinema, tivemos um sessão deliciosa de Aventuras de Peabody e Sherman. Saímos nos 5 minutos finais (sim, eu não vi o final do filme... buááá´), mas Leti se divertiu muito! Mateus usou o óculos 3D nos primeiros minutos e, até a metade do filme, o assistiu concentrado no colo do papai. Daí em diante, intercalava olhadas rápidas para a tela com passeios pela sala. Lipe também acompanhou a trama bastante interessado, e, de quebra, aprendeu algumas coisas sobre importantes fatos históricos.

Na hora de dormir, Leti se lembrava da cena em que apareceram dois Sherman, e mencionava precisamente o nome dos personagens. Linda!

Hoje o dia foi super intenso! Começou com uma pintura com tinta da casa de madeira do sapo azul (sobre ele falo num próximo post). A brincadeira, como sempre, terminou com um meticuloso banho para tentar tirar todos os vestígios de tinta do nosso corpo (meu, de Leti e Teteu). 

O banho já deixou ambos limpos e cheirosos para o passeio que estava por vir.

Aproveitamos que o vovô levaria Lipe para tentar ensiná-lo a andar de bicicleta no Dique do Tororó e fomos passear por lá também.

Lipe foi antes com meu pai, e quando cheguei lá, cerca de uma hora depois, ele já estava pedalando! Eu já tinha tentado ensiná-lo, sem êxito, uma vez, e esta tinha sido uma das minhas pendências de férias. Incomodava-me muito um garoto de 11 anos não saber andar de bicicleta. Mas ele, de fato, só se interessou em aprender quando uns amigos do condomínio começaram a aprecer com suas bikes. Cheguei a pensar em terceirizar o serviço, contratar alguém para ensiná-lo, mas o super vovô resolveu o problema.

Sondou o interesse do neto, comprou a bike pela internet, montou a dita cuja e hoje passou para buscá-lo para o que deveria ser a primeira aula. De fato, foi a primeira. E única!

Meu pai sempre foi assim com Lipe. Não que não o seja com os outros netos. Mas com Lipe é diferente. Talvez por ser o primeiro neto. Ele sempre está atento e disponível para ser uma referência masculina marcante, para exercer, com todas as honras, o seu papel de avô.

E ver meu filho pedalando, depois da atitude tão carinhosa do MEU pai, encheu meu coração de alegria.

 

Mas o Dique ainda me traria mais surpresas.

Como Leti não estava muito envolvida com as atividades de rua, como estavam seus irmãos, resolvi levá-la a um passeio de pedalinho. Já fizemos esse passeio (tanto no Dique, como em Pituaçú) diversas vezes. Mas desta vez foi diferente!

Ela estava visivelmente mais interessada! Tentava pisar os pedais, controlar a alavanca, molhar a mão na imunda água do Dique... Estava, de fato, curtindo o passeio.

Resolvi pedalar até os orixás. Nem sabia por quê. Na verdade, pretendia ir ao pier, onde várias pessoas pescavam, mas diante da possibilidade de atolarmos, mudei a direção.





Ao nos aproximarmos dos orixás, apostei numa brincadeira. Olhei para o primeiro e tentei estimulá-la a dizer o que ele tinha na mão (todos seguram alguma coisa). Como ela não respondeu, dei a partida para aquilo que seria o ponto alto do meu dia. 

E lhe disse: - hum, ela tem uma coroa, e parece segurar um espelho.

Ela, imediatamente, respondeu:

- A princesa Branca de Neve!

Morri e ressucitei imediatamente. E resolvi rodear todos os orixás, lhe dando oportunidade de dizer o que via.

E ela viu um indiozinho (o orixá que segurava arco e flechas), viu uma vara de condão (que na verdade era um chicote), viu um martelo, viu o sol (que descobri depois estar na mão de Iansã), ela viu espada de pirata (duas vezes), e viu, no orixá branco (não entendo nada de orixás) um pombo. Na hora não entendi direito o que dizia, mesmo pedindo para repetir. E só agora, procurando imagens no google é que me dei conta de que há um pombo na ponta da sua lança.

O mais gostoso foi que a brincadeira foi dando espaço a músicas, a suposições, e histórias... Um momento MARAVILHOSO que me deixou em estado de graça.

Saindo de lá fomos almoçar na casa da vovó paterna e ainda tivemos um tempo para um cochilo coletivo e reconfortante de uma hora e meia em nossa casa, que recarregou nossas baterias para a programação da tarde: Uma apresentação de Circo na Praça do Campo Grande.

O espetáculo fazia parte do Projeto Fome de Circo e foi criado pelo Grupo Gueto Poético - Casa do Teatro Popular. Um único artista apresentou números de palhaço, mágica, malabarismo, acrobacia, dentre outros. Colhi a sugestão do site do Pequenópolis.




Engraçado é que Leti, sempre que se refere a circo, fala em quatro profissionais: palhaço, mágico, equilibrista e malabarista. E tivemos números que se encaixaram nas quatro performances no espetáculo.



Mais interessante ainda foi que, quando Leti comentou comigo sobre o mágico, o número a seguir foi justamente o de mágica. Sintonia total!

Mateus concentrou-se pouco. Depois foi pular na cama elástica e passear pela praça com o papai.



Apesar de adorar passeios em praças, nunca tinha ido àquela com meus pequenos. E gostei muito porque, além das opções pay per use, que temos na que mais frequentamos, que é a Ana Lúcia Magalhães, na Pituba; há ali um gostoso parque de madeira para a criançada. Certamente, a praça entrará no meu rol de favoritos para os passeios de fim de semana.

Saindo de lá, precisava dar uma parada na Igreja do Bonfim para pagar uma promessa. A ideia era, de lá, voltar para casa. Mas, como na ida vimos o enorme congestionamento que pegaríamos na volta, resolvemos dar uma esticada na Sorveteria da Ribeira, para esperar o trânsito aliviar, e para dar um sabor mais doce ao final do final de semana.




E assim foi. Meu fim de semana terminou com sabor de doce de leite e com gostinho de quero mais.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Noção Espacial

E para fechar o carnaval com chave de ouro, prometemos a Leti um bolo de chocolate na Doces Sonhos.

Como sabia que a loja próxima a sua escola, na Paulo VI, estaria fechada, fomos direito a do Itaigara.

Ela ameaçava dormir o tempo inteiro, e íamos dizendo que estava chegando.

Quando chegamos na porta, a decepção: a loja tinha acabado de fechar.

Então Leti, imediatamente, disse: - "qué ir pa a Doces Sonhos do Caballito".

Isso porque ao lado da Doces Sonhos que fica perto da sua escola, há um restaurante de comida mexicana chamado Caballito.

Agora digam se não está uma linda com sua noção espacial...

Amo demais!!!!!!!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Suporte à Ciranda Pedagógica - editado

Amanhã se inicia o trabalho da Ciranda Pedagógica - CP. Confesso que grande expectativa toma conta de mim nesta nova etapa da vida da minha filha. Lembro-me que, há exatamente um ano, tomei a difícil decisão de manter Leti na escola apenas duas vezes na semana para que ela pudesse participar da Ciranda “Terapêutica”. E de como fiquei satisfeita e aliviada ao perceber, no final do semestre, que tinha tomado a decisão acertada.

Para poder auxiliar no trabalho da CP, resolvi tentar traçar um perfil cognitivo da minha filhota, por achar que ninguém melhor do que eu pode aferir os conhecimentos que ela tem adquirido ao longo do tempo e que, nem sempre, consegue expressar num ambiente diferente.

Torço para que muito em breve não consiga mais listar os conteúdos escolares que já assimilou por perceber que são tantos que impossíveis de ser apostos numa singela lista. Enquanto isso, tomando como parâmetro conceitos que eu, no meu leigo entendimento, entenda como pedagógicos, passo a enumerar aquilo que minha pequena já sabe, para que seja tomado como ponto de partida no trabalho da Ciranda Pedagógica.

Raciocínio Lógico-Matemático:

  • Reconhece números de 1 a 10;
  • Conta até vinte e, casualmente, menciona números posteriores a este;
  • Identifica conceitos de grande e pequeno, dentro e fora, em cima e embaixo;
  • Tem noção de quantidade e conta objetos até 10 (embora algumas vezes, quando não tem interesse, não o faça);
  • Reconhece as formas geométricas triângulo, quadrado, retângulo, losango, oval e círculo;
  • Reconhece e utiliza a expressão “mais”;
  • Faz pareamentos, mas só quando está muito interessada;
  • Compreende o zero, ao identificar que algo acabou;
  • Usa bem a expressão um pouquinho;
  • Faz listagens, quando solicitada a brincar assim: de animais, cores, alimentos etc.
Língua Portuguesa:
  • Reconhece quase todas as letras do alfabeto;
  • Reconhece todas as vogais;
  • Associa algumas letras a palavras que se iniciem com elas, mas por memória de livros e jogos e não por consciência fonológica, mas consegue generalizar (uma vez, assistindo o Malvado Favorito, viu um V na casa do Vector e falou “o V de vovó”;
  • Enumera as letras do seu nome;
  • Usa bem o plural, o masculino e o feminino e as preposições, mas não usa bem os pronomes pessoais (ainda fala muito em terceira pessoa);
  • Compreende perguntas com os pronomes relativos onde, quem, que, quanto. Mas ainda não compreende bem o “por que”;
  • Usa frases completas, usando substantivos, verbos, adjetivos, preposições, artigos;
  • Usa verbos bem contextualizados, mas ainda não usa o tempo correto (normalmente os usa no presente). Brincando de “o gato comeu”, propositadamente, coloco em sua mão: um suco, e ela diz o gato bebeu, um sorvete, e ela responde o gato tomou, um picolé, e ela responde o cato chupou, um biscoito, e ela diz o gato comeu, e, para finalizar, um bolo, e ela diz, o bolo cantou... “parabéns pra você...” (porque sempre digo, em aniversários, que só pode comer o bolo depois de cantar os parabéns).
  • Dificilmente, narra fatos acontecidos em sua vida. Recentemente, na escola, quando perguntada sobre um passeio da escola a um horto, disse que foi com Fábio, o biólogo da escola, e que viu flores;
  • Utiliza as expressões mais tarde, depois e amanhã, mas tenho dúvidas se compreende bem o significado;
  • Compreende o significado de incontáveis verbos;
  • Identifica muitas cores;
  • Reconhece muitos animais e reproduz as respectivas onomatopeias;
  • Usa bem o sim o não;
  • Usa “eu acho” nas frase, normalmente bem utilizados, mas, algumas vezes, desnecessariamente;
  • Auxilia na contação de histórias;
  • Faz adaptações, de acordo com seus interesses, de histórias e músicas;
  • Imita falas de personagens;
  • Em muitos momentos, demonstra grande criatividade.
Conhecimentos Gerais (ou seja, tudo que eu não tenha enquadrado em português ou matemática):
·      Reconhece e nomina pessoas da família;
·      Sabe o nome do condomínio onde mora;
·      Reconhece caminhos que levam a lugares que visita com frequência;
·      Sabe o nome da sua escola e da escola do irmão;
·      Reconhece carro de polícia e o som que faz;
·      Compreende a função do semáforo;
·      Sabe que homens têm “pinto” e mulheres, “periquita”;
·      Identifica as partes do corpo humano;
·      Percebe semelhança entre borboletas e libélulas;
·      Sabe que a lagarta se transforma em borboleta;
·      Identifica animais que nadam ou moram no mar, fazendo a categorização correta;
·      Identifica animais que voam;
·      Identifica profissionais do circo;
·      Identifica e nomina todos os personagens dos seus desenhos favoritos e lembra de todos os detalhes dos mesmos;
·      Tem uma excelente memória;
·    Durante o dia, demonstra compreender bem os horários, ao pedir a refeição desejada no horário adequado;
·    Conhece instrumentos musicais, mas não gosta muito de tocá-los;
·    Sabe os ingredientes necessários para fazer um bolo;
·   Tem um paladar apurado, que permite identificar o que come, e está ficando mais seletiva com os alimentos;
·     Diz “machucou” num contexto adequado, e diz a parte do corpo machucada.

Social:
·       Usa o “desculpe” e o “por favor” adequadamente;
·     Chama as pessoas pelo nome, e num tom mais alto quando estão longe (mas também chama objetos inanimados);
·      O controle esfincteriano ainda não é confiável;
·       Identifica expressões de felicidade, tristeza e zanga;
·       Reconhece as sensações de fome, sede e sono.

Grafismo:
·         Desenha o Mike, do Monstros SA;
·         Desenha ondas e chuva;
·         Tenta pintar dentro do contorno;
·         Começa, se instruída por terceiro, a tentar desenhar a forma humana.

Lingua Estrangeira:
·         Conta até 10 em inglês;
·         Sabe as cores em inglês;
·         Sabe alguns animais em inglês;
·         Canta Frere Jaques, em francês;
·         Identifica se uma frase está em inglês, espanhol ou português;
·         Canta algumas músicas em inglês;
·         Compreende a história do livro “Teatro de La Ratita Presumida” em espanhol.

Embora a presente lista seja resultado de grande esforço de memória, acredito que algumas habilidades talvez tenham sido esquecidas. Mas, como dito anteriormente, a mesma pretende ser apenas um ponto de partida para o trabalho da Ciranda Pedagógica que, sem dúvida, contará com a irrestrita parceria da família de Leti para o que for necessário, inclusive, para a atualização da presente lista, caso necessário.

Quanto ao uso das tecnologias, em favor do pedagógico, Leti não as usa muito, mas não sei se por falta de interesse seu ou se por falta de estímulo da família (sou meio receosa quanto ao uso de tecnologias, se há interesse da criança por outras ferramentas).

Finalizo este apanhado com um pequeno resumo das minhas expectativas em relação à Ciranda Pedagógica.

Tenho convicção de que Leti tem um grande potencial cognitivo e espero que, com um trabalho pedagógico praticamente individualizado, e com profissionais da minha mais absoluta confiança, Leti possa se apropriar de conteúdos importantes para o seu caminhar na vida escolar.

Minha maior expectativa é que a minha filha, ao final do próximo ano, consiga se encontrar num estágio avançado no seu processo de alfabetização.

Espero, com muita ansiedade, que ela aprimore os seus diálogos, passando a falar sobre sentimentos, sensações, sobre fatos ocorridos no seu dia-a-dia e sobre planos para o futuro.

Desejo que a minha filha se aproprie mais do mundo ao seu redor, que aperfeiçoe suas noções de tempo e espaço e que fortaleça vínculos com crianças e adultos que fazem parte da sua vida.

Espero também que ela descubra dentro de si um enorme prazer em aprender e que isto a impulsione por caminhos que eu sequer possa imaginar.

Ah, e por fim, espero que, diante de tantas novidades e possibilidades, ela esqueça da mania de passar saliva em tudo o que vê pela frente, bem como que passe a fazer um uso mais funcional de massinhas, gizes de cera e afins, em prol do seu desenvolvimento.


E só! Ou, e tudo isso!
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