segunda-feira, 14 de março de 2016

Ele me transforma sem perceber

Que adolescente nos dias de hoje faria questão da companhia de uma mãe que não assiste TV, não escuta música internacional e não faz ideia do que rola no youtube?
 
Apesar de eu não ter me oportunizado a pergunta antes, ontem, depois de voltar do show do Maroon 5, banda que eu não conhecia até pouco tempo atrás, ela ficou martelando na minha cabeça.
 
E é fato que eu não assisto TV, praticamente só escuto MPB e não tenho paciência para vídeos que durem mais que 30 segundos. Um verdadeiro dinossauro!
 
Mas, ainda assim, eu insistia em tentar ingressar no mundo secreto do meu primogênito. Sem muito sucesso por algum tempo.
 
Então ontem percebi que já assisti Prision Break no Netflix, e adorei, que fui ao show do Maroon 5, e adorei, e que, também através de Lipe, tenho incrementado meus conhecimentos gerais, com informações que ele extrai dos vídeos que assiste no youtube.
 
Ele, sem perceber, tem me apresentado um mundo novo, que tem me proporcionado muito prazer e que tem nos aproximado de uma maneira .
 
Mas ontem em especial, depois do show, eu fazia uma avaliação das minhas últimas 36 horas, do momento em que ele me disse que queria ir ao show (e comigo) até aquela hora em que voltávamos, abraçados e felizes, para casa.
 
Quando recebi sua mensagem no whatsapp, dizendo que queria ir ao show comigo, meu coração se encheu de alegria!
 
Consegui comprar ingressos de uma vizinha que havia desistido e, logo em seguida, já escutava um ou outro hit da banda para não ficar voando na hora do show.
 
Logo descobri que a minha companhia não era exatamente o que ele buscava para o show naquela noite, mas sim a garantia de poder estar com seus amigos naquilo que seria o primeiro show da sua adolescência (e eu me lembro exatamente do MEU primeiro show, na companhia de um primo mais velho, e de todas as sensações que ele me proporcionou). Eu, sinceramente, não me importei em ser o instrumento que garantiria a sua ida ao show (porque sozinho ele sabia que - ainda - não rolaria) e me joguei na empreitada sem saber o que seria de mim depois da hora em que ele se encontrasse com os amigos.
 
E, apesar de ter ficado com uma sensação tipo "o quê que eu estou fazendo aqui?", quando me vi ao lado de duas mães que até então não conhecia, dançando ao som do Marrom 5, enquanto meu filho estava em outro extremo, curtindo com seus amigos, a conclusão, para mim, era muito clara e confortável: estava proporcionando a meu filho um momento que, sem sombra de dúvida, vai ficar para sempre guardado em sua memória e me dando a oportunidade de viver experiências que me transformarão e me aproximarão ainda mais do meu primogênito.

 
 

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