sexta-feira, 3 de junho de 2016

Reavaliando a Medicação

A consulta com o psiquiatra seria a primeira aqui em São Paulo, mas um imprevisto acabou fazendo com que ele não chegasse para a consulta de quarta, remarcando-a para quinta, logo depois da consulta do neuro.
 
Por conta disso, o ritmo do dia ontem foi hard, saindo daquilo que inicialmente havíamos planejado.
 
Nossa consulta com o neuro estava marcada para as 8h30. Como ficamos com medo de atrasos e de problemas no trânsito, acabamos remarcando a com o psiquiatra para 11h30 (mesmo com o horário de 10h30 inicialmente disponível). Chegamos mais cedo, a consulta atrasou um pouco e tomamos o maior chá de cadeira.
 
Mas, ainda assim, minha pequena se comportou como uma lady.
 
Dr. Caio ficou feliz com a melhora na sociabilidade dela e nos perguntou qual o nosso sentimento em relação a ela, depois do uso da medicação.
 
Dissemos que a melhoria gritante teria sido no sono. Ela, que antes dormia no máximo 4 horas seguidas de sono, agora dormia por volta de 7 a 8 horas, e isso, entendíamos, acabava repercutindo no seu melhor desempenho para todas as atividades diárias.
 
Mas, por outro lado, esperávamos um controle melhor da sua ansiedade.
 
Ele pediu para explicar de que ansiedade falávamos. Expliquei que a compulsão alimentar permanecia inalterada e, vez por outra, ela tinha arroubos de impetuosidade, como momentos antes quando, na casa de chá onde paramos para fazer um lanche, ela havia jogado todos os exames no chão, levando a xícara junto.
 
Nesta hora, ela, sempre atenta a tudo, acabou fazendo a mesma coisa, jogando tudo no chão, o que serviu para eu exemplificar de que ansiedade falava. Ele disse que, na verdade, não se tratava de ansiedade, mas impulsividade e, depois de muito ponderar, resolveu não mexer na dosagem da risperidona (para não aumentar o peso e a sonolência), introduzindo uma outra medicação que agiria nestes comportamentos específicos.
 
Faremos um teste e daremos um feed back depois de 2 semanas.
 
Pediu também para fazer um controle de peso mais rígido. Esclareceu que a medicação não engorda, mas provoca um aumento considerável no apetite, o que acaba promovendo um aumento do peso.
 
Nos deu algumas recomendações para o dia a dia e pediu que, semanalmente, façamos uma pesagem dela para acompanharmos a variação do seu peso, dando-lhe um retorno.
 
Pediu também que passássemos os contatos da equipe que acompanha Leti para sua secretária porque ele marcará uma reunião por Skype para conversar com todos.
 
Este foi o ponto da consulta que mais me animou! Acho fantástica esta disponibilidade dele, esse interesse de saber de tudo, de acompanhar e ajudar de maneiras que vão além do acompanhamento clínico. Isso pra mim faz a maior diferença!
 
Ele ainda acrescentou que, a depender da reunião com a equipe, talvez marque uma reunião com a escola também. (acho que esse médico é de Marte... rs)
 
Em seguida, mostrei os exames de Leti que acabei esquecendo de levar na primeira consulta, para que ele avaliasse se seria realmente necessário coletar tudo o que ele havia prescrito.
 
Depois de olhar tudo minuciosamente, concordou com a realização do exoma, prescrito por Dr. Fernando Kok, pediu exames laboratoriais e um eletro encefalograma, para avaliar o funcionamento cerebral. Alertou que o eletro deveria ser feito com ela acordada e que, se fosse necessário, ela poderia fazer uso de telas, para poder ficar mais tranquila.
 
Ao final, pediu que tentássemos implementar com Leti uma rotina diária de atividade que envolvesse um pouco de gasto de energia, sem que implicasse necessariamente em atividade física (mas lúdica).
 
Agora é colocar tudo em prática e aguardar as cenas dos próximos capítulos...
 
 
 

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