terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Aberto para Balanço!

Como todos os anos, fim de ano é época de balanço: de arrumar gavetas e armários, de me desfazer do que não serve, de refletir sobre o que passou, de planejar o porvir...
 
Preparo-me para me despedir de 2017 com o coração em paz.
 
Batalhas árduas foram travadas, mas vencidas. Levarei umas pendências para 2018, mas com a consciência de que fiz o que podia ser feito. E esta sensação é acalentadora!
 
Paro para pensar e um filme se passa na minha mente.
 
Foi um ano tão importante!
 
Um ano em que Lipe encarou o grande desafio de entrar no ensino médio, estudando numa escola que ele mesmo escolheu (e que eu não escolheria), e conseguiu, sem stress, alcançar o seu objetivo no aspecto pedagógico.
 
Ano em que pudemos, juntos, conciliar seus compromissos pedagógicos com outros mais importantes, voltados ao reforço da sua autoestima e ao desenvolvimento da sua individualidade, através de atividades físicas, artísticas e culturais que, no momento oportuno, foram cruciais para vencer dificuldades que apareceram pelo caminho.
 
Ano em que ele passou a demonstrar, com muito mais naturalidade, que o vínculo que nos une é algo tão importante para ele como para mim. (e que passou a compartilhar comigo aspectos da sua intimidade antes guardados a 7 chaves...).
 
Foi um ano difícil para Leti que, por duas vezes, passou por momentos de transição de medicação que a desestabilizaram a ponto de comprometer seu rendimento escolar e terapêutico, como também as minhas noites de sono.
 
Ano em que a alfabetização ainda não aconteceu, o que acabou por gerar, em mim, um pouquinho de frustração.
 
Ano em que ela superou essas difíceis provações e nos surpreendeu, ainda mais, com seus subjetivismos, suas colocações, suas inferências, suas demonstrações de carinho, sua irreverência...
 
Ela termina o ano de 2017 senhora do seu eu, falando na 1a pessoa, identificando sentimentos, colocando-se diante deles e chegando, inclusive, a mentir para garantir benefícios próprios. Ela está mais impositiva, determinada e, até, em alguns momentos, questionadora. Fazer este retrospecto e perceber o quanto evoluiu neste aspecto enche meu coração de felicidade.
 
Foi um ano para estabelecer um olhar mais atento sobre Mateus, o filho carinhoso, obediente e comunicativo que pouco trabalho dá.
 
Ano para tentar entender como ele se vê diante da nossa família e lhe oportunizar respostas importantes ao seu crescimento.
 
Ano para reforçar a percepção e o respeito à individualidade de cada filho, com a certeza de que, com amor, tudo se ajeita.
 
Foi um ano de desafio profissional, que exigiu dedicação (leia-se: longas e incansáveis reuniões ocorridas por todo o ano) para ajudar a implementar um importante projeto que, certamente, depois da publicação da lei que ocorreu na semana passada, logo começará a render frutos.
 
Foi ano de estreitar vínculos constituídos com o trabalho, de olhar um pouco mais para mim, de (finalmente) arrumar a minha casa, de tentar pôr em prática o exercício de imprimir um ritmo mais lento ao meu dia-a-dia...
 
Foi um ano para ousar e mudar a abordagem médica usada com meus pequenos. E para sentir, aliviada, que a decisão foi acertada.
 
Ano para ratificar a convicção de que a parceria estabelecida com os profissionais que acompanham Leti vai muito além do profissional e reveste-se de um compromisso real com o seu desenvolvimento.
 
Ano de gratidão pelo amor que sinto pelos meus pais e por minha irmã. Por sempre ter prova de que posso contar com eles em todos os momentos. Pela vontade sem fim que tenho estar com minha irmã e de encher meus pais de dengo (e de repetir sem falsa modéstia o quão gato meu velhinho é). Pela sensação de plenitude que a presença deles me proporciona.
 
Foi um ano pleno no meu casamento, ano em que me senti ainda mais apaixonada por Samir a cada dia em que acordava ao seu lado. Ano em que compartilhei dos seus momentos de superação no esporte e me senti orgulhosa por cada nova conquista. Ano em que, juntos, conduzimos as decisões importantes relacionadas a nossa família e, juntos, celebramos cada obstáculo ultrapassado e cada vitória alcançada. Ano em que multiplicamos nossa cumplicidade e nosso amor.
 
Foi um ano em que percebi, ainda mais intensamente, a presença de Deus em minha vida, fazendo-me sentir em débito com Ele por não explorar, como acho que deveria, a minha espiritualidade.
 
Ano em que procurei aprender com o que vivi, já pensando no que pode ser melhorado para o ano seguinte.
 
E, estando praticamente findo o ano, ao fechar meu balanço, resta-me agradecer pela experiência que acumulei, pelas dificuldades que consegui superar, pelas graças que alcancei e pelo amor que me move e me motiva em cada dia da minha vida.
 
 

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