Fui assistir ao Viva, a Vida é uma festa! e saí tão tocada quanto maravilhada com a delicadeza da forma com que a morte é tratada, a partir do ponto de vista da cultura mexicana.
Além da temática sobre a morte, muitas vezes mitificada entre as crianças, o filme fala também sobre respeito e sobre a importância da família.
Vi com Mateus que, apesar de o ter adorado, não conseguiu compreender a sutileza da mensagem, e saí do cinema com vontade de assistir de novo com a família inteira.
Como não estou de férias, mas o papai está, ele foi levar Leti no dia seguinte e tive que me contentar com um resumido relato de que ela tinha gostado muito do filme.
Mas ontem dois casais de amigos programaram levar seus pequenos e qual foi a minha alegria ao perceber que tanto Teu como Leti toparam, imediatamente, assistir ao filme de novo. Lipe, que tinha outros compromissos, não quis ir. Fomos só nós quatro.
Mesmo adorando a ideia de ver novamente a animação, minha maior expectativa, confesso, era compartilhar com Leti da sua experiência.
Ela estava plena, tranquila e atenta, sentada entre o papai e a mamãe, e, em momento algum fez menção de ir embora, demonstrado estar de fato interessada na história.
Mas o que motivou este post foi sua reação no finzinho do filme (senta que lá vem o spoiler), quando Miguel volta da cidade dos mortos e tenta de todo jeito fazer a mama Inés lembrar-se do seu papá, para que ele não desapareça.
Chorei nesta cena na primeira vez que vi o filme. E, obviamente, chorei na segunda também. E chorarei tantas outras quanto o assistir de novo.
Nesta hora, enquanto eu aproveitava o escuro para disfarçar minhas lágrimas, Leti encostou sua cabeça em meu ombro e disse "eu estou chorando". Encostei a mão próximo a seus olhos e percebi que era verdade!
Não era aquele choro de desorganização com algo que não consegue elaborar direito. Era uma lágrima contida, como a minha, de emoção de empatia...
Saí tão feliz do cinema por ter tido a oportunidade de viver aquele momento em família. Tão grata por mais este progresso da minha pequena, que, a cada dia, amplia mais suas subjetivações...
E se o filme já era, para mim, o favorito ao Oscar, agora, então, nem se fala!
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