segunda-feira, 20 de abril de 2015

Europa com Crianças - 2a. Parte: Londres

No domingo cedo, o rapaz que havíamos contratado para fazer nosso transfer para a estação de trem em Paris nos esperava no saguão do hotel.
 
Tomamos nosso último café da manhã em clima de saudades, com muito croissant e suco de laranja (e Lipe com muito bacon, que aprendeu a comer na viagem) e fomos para a estação Paris Nord pegar o nosso trem.
 
Fiquei surpresa de ver que o controle na estação é muito parecido com o dos aeroportos nos voos internacionais.
 
Com a ajuda do nosso "motorista", deixamos duas malas no guarda volumes da estação e seguimos com uma apenas para Londres, o que foi providencial para facilitar nosso deslocamento.




 
 
Em Londres, contratamos com Ivan o mesmo serviço para os deslocamentos mais distantes. A viagem foi tranquila, assim como o caminho até o hotel e o early check in. Ficamos hospedados no Park Plaza Westminster Bridge Hotel. Localização excelente! À primeira vista, me pareceu um hotel para executivos, mas a seção de cardápio infantil no menu do serviço de quarto e o espaço lúdico no restaurante para o café da manhã me fez mudar de ideia.




 
Tivemos dificuldade de encontrar hospedagem razoável, bem localizada e que acomodasse 5 pessoas em Londres. Para ficarmos neste hotel, tivemos que reservar dois quartos, o que acabou encarecendo o custo da viagem.
 
Tinha grandes expectativas em relação a Londres. Já havia comprado ingressos para o Aquário, London Eye, Madame Toussauds, Paulton´s Park e Studio de Harry Potter. Reservei Rainforest Café para um jantar, programei uma visita à exposição do filme de Cinderela e ao Museu de História Natural. Pretendia visitar alguns parques reais e conhecer a loja de MM´s no Piccadily Circus. Apesar de achar que seria uma experiência incrível, não incluí em nossa programação a troca de guarda, por conta dos relatos de que seria imprescindível uma antecedência muito grande para assegurar um bom lugar. Como tinha certeza que as crianças ficariam impacientes com a espera, acabei desistindo de antemão.




 
Chegamos no início da tarde, almoçamos no quarto do hotel (uma comida deliciosa e a preço justo) e fomos ao Aquário, a pé. Era um domingo e a fila estava imensa! Mas como havia comprado os ingressos antes, e com entrada preferencial, nosso acesso foi bem rápido!
 
O aquário lembra um pouco o de São Paulo, mas com uma diversidade maior. Muitos peixes, águas vivas (lindas e coloridas!), pinguins... Podemos até tocar uma estrela do mar. O local é escuro e não é permitido fotografar com flash, por isso não tiramos muitas fotos. Samir acelerou o passo com Leti, enquanto eu, Mateus e Lipe seguimos aproveitando cada cantinho. Animais sempre encantam as crianças e aqui não seria diferente. Valeu muito o passeio.



 
Quando comprei os ingressos pela internet, peguei um combo incluindo Aquário e London Eye (a enorme roda gigante), mas o acesso prioritário só valia para o Aquário.
 
Depois da compra concluída, Samir descobriu que neste mesmo dia haveria um jogo do Manchester City em Londres e comprou ingressos para ele e Lipe irem. Como o estádio era distante, e já se aproximava das 18h, acabamos desistindo de dar a volta, que dura 30 minutos, na London Eye e perdemos nosso ingresso, já que não conseguimos incluí-la em outro dia da nossa programação, voltando para o hotel, a poucos metros dali.
 
Samir foi ao jogo com Lipe e eu fiquei no hotel com os pequenos. Dei janta, banho, dengo e os coloquei para dormir cedo. Neste dia de paz, deixei o quarto em ordem, as coisas organizadas para o dia seguinte e fiquei atualizando as resenhas cibernéticas até meus homens voltarem cheios de novidades.


 
O dia seguinte foi o mais esperado por Lipe, de toda a viagem: o dia de visitar o Studio de Harry Potter.
 
Mas a visita, que tem que ser agendada com antecedência, estava reservada apenas para as 17h. Antes disso, passeamos por outros lugares.
 
A ideia era irmos ao Museu de História Natural (com entrada grátis).

Saímos cedo do hotel, fomos à estação de metrô próxima ao Big Ben e, depois de quebrar a cabeça para entender o sistema de lá, que é diferente do de Paris, já que que em cada ponto param mais de uma linha, seguimos ao nosso destino.





Como as duas entradas para o Museu de História Natural estava lotadas, optamos pelo Plano B e visitamos o Museu de Ciência, do lado. Ambos gratuitos. Apesar de ter curtido muito o Museu de Ciência (que já estava previsto como um eventual plano B), fiquei frustrada de não ter conhecido o NHM. Tinha estudado cada setor dele, já me via lá dentro. Mas agora tenho um motivo para voltar a Londres.

As crianças curtiram muito o Museu de Ciência. Pegamos uma cadeira de rodas emprestada para Leti e a circulação lá dentro ficou mais tranquila.

Tanto o amplíssimo salão com antigos meios de transporte, a exemplo de locomotivas, aviões e foguetes, como o espaço interativo deixaram todos extasiados. Leti que vinha apreciando tudo da cadeira, quando chegou no setor interativo, levantou-se para pular no piso que simulava um rio com peixes e mexer nas formas e texturas disponíveis... Lindo de ver!





Ficamos tempo suficiente para ser agradável às crianças. De lá, seguimos para o Hyde Park. A ideia era caminhar pelo parque, brincar no Memorial de Lady Di, conhecer o Palácio de Kensington e almoçar por lá.

Mas minhas habilidades cartográficas me traíram. Assim como o tempo.

Pelo mapa, tudo me parecia muito pertinho. Mas, de fato, tanto o Hyde Park, como o Kensington Gardens (onde fica  o Palácio), que se ladeiam, são enormes! E lindos!

Como ficamos mais tempo do que previ no Museu, e deveríamos estar liberados às 15h para pegar o transfer para o Studio de Harry Potter, sobrou pouco tempo para curtir a área verde, almoçar e voltar ao ponto de encontro para pegar o carro.

Outra frustração.

Leti brilhou e caminhou todo o trecho do museu até o Lido Bar e Café, no Hyde Park, à margem do agradabilíssimo lago Serpentine. onde almoçamos.



Desejei conseguir almoçar rápido para poder curtir com as crianças o Memorial de Lady Di. Fiquei impressionada com a disposição das crianças, naquele frio, em arregaçar as calças para brincar molhando os pés na fonte. Lindo, lindo, lindo! Mas a comida demorou. E curtimos muito pouco daquela imensidão verde à nossa disposição.

Enquanto esperávamos a comida, nos divertíamos olhando patos e outras aves no lago, e pedalinhos, e crianças por todo lado. Leti estava visivelmente feliz! Mateus, super animado! Lipe, empolgadíssimo!








Provei (mas não aprovei) o tradicional fish and chips londrino, mas achei muito gorduroso.

Como o tempo ficou apertado, saímos correndo para o nosso ponto de encontro para pegarmos o carro para o Warner Bros Studio Tour.

Os pequenos dormiram no caminho e ficaram dormindo no carro, enquanto Samir e Márcia (nossa "motorista"), foram procurar saber se poderíamos fazer nosso tour mais cedo (já que chegamos às 16h e nosso horário era 17h).

Permitiram nosso acesso antecipado, nos disponibilizaram cadeira de rodas para Leti, nos acomodaram numa entrada diferenciada, forneceream passaportes especiais para as crianças, e, antes que o grupo seguinte entrasse, nos encaminharam para o início do tour.

Uma experiência fantástica!!!!!

Todos os cenários, objetos e figurinos utilizados nos filmes do Harry Potter.

Eu e Lipe, que curtimos mais os filmes, nos deliciávamos em cada cantinho.

Como Mateus permanecia dormindo no início do trajeto, Samir ficou com ele no colo para eu poder aproveitar melhor.

Quando comprei os ingressos pela internet, comprei também um audioguia (em espanhol) e um livro do Studio.

Para nossa surpresa, no intervalo entre a compra e a visita, disponibilizaram áudios em português, o que tornou a visita muito mais proveitosa!

O tour começa numa sala grande, com cartazes eletrônicos dos filmes, que se alternam, em todos os idiomas possíveis, onde passam as orientações gerais. A seguir, numa sala com cadeiras, as pessoas assistem um pequeno vídeo sobre o making off do filme. Por conta da cadeira de rodas, tivemos localização privilegiadas em ambas as salas.

Terminado o filme, uma enorme porta se abre para o Salão Comunal. Emocionante é pouco para definir a sensação de estar ali dentro, vendo mesas postas para as refeições dos alunos, os protótipos dos professores em tamanhos reais, os objetos do filme... Bem verdade que ela parece menor que no filme, mas isso não ofuscou em nada o brilho da experiência.

Só no Salão Comunal há tempo determinado para a visita. Fomos os últimos a sair porque Lipe queria foto só dele, sem coadjuvantes.

Recomendam um tempo de aproximadamente 2 horas para a visita. Nós visitamos em 3 horas, tempo que achei suficiente.

O Studio é de uma riqueza indescritível, e, para cada pessoa, acredito, uma seção chame mais atenção que outra. Gostei muito da casa dos Weasley, com os efeitos especiais quando apertávamos os botões: agulha que costura só, ferro de passar, vassoura..., do Beco Diagonal, do Expresso Hogwarts, da maquete de Hogwarts, da experiência de voar numa vassoura no making off, da casa na rua dos Alfeneiros, da enlouquecedora lojinha.

















Lipe amou o Salão Comunal, as orcruxes, a entrada da Câmara Secreta, a maquete de Hogwarts...

Leti adorou uma vitrine onde havia um livro enfeitiçado. Foi difícil tirá-la de lá. Ria litros...

Lipe comprou uns souvenirs e de lá voltamos direto para o hotel. No quarto, pedimos carbonara e pizza para jantar (tudo delicioso!) e fomos dormir já que a programação do dia seguinte seria cedo.

No dia seguinte, a programação inluía o passeio que eu imaginava que Leti e Mateus fossem mais gostar: o Parque da Peppa.

O Parque da Peppa, na verdade, é uma parte do Paulton´s Park, em Southampton, há aproximadamente 2h de Londres.

Todos dormiram tanto na ida como na volta.

Compramos ingressos antecipados pela internet, mas a compra na hora estava tranquila. Chegamos na hora de abertura do parque, 10h.

Como os carrinhos de crianças comportavam o peso de Leti, alugamos dois para facilitar o transporte dos pequenos e seguimos direto para o Parque da Peppa, deixando os demais brinquedos do Paulton´s Park para a tarde.

Assim que chegamos, vimos logo a Peppa e o George recebendo visitantes para fotos. Ao lado do local das fotos, um convidativo playground chamou a atenção de Mateus. Enquanto eu fiquei na fila com Samir e Leti, Lipe brincava com Mateus ao lado.

A hora da foto foi uma festa! Leti e Mateus estavam deslumbrados!! Confesso que eu também. Durante a manhã ainda conseguimos fotos com a Suzi e a Zoe. Muito massa!

No pequeno Parque da Peppa, apenas 7 brinquedos fazem a diversão da criançada. Brincamos em 4 deles: o grande balão, o barco do vovô Pig, o dinossauro do George, o carro do Papai Pig. Além deles, nos divertimos na lagoa dos patos (Teteu recolhendo as moedas para jogar de novo), visitamos a casa e a escola da Peppa, brincamos no parque de areia. Parte que Leti mais gostou. As crianças também se divertiram com o papai num jogo aparentemente fácil, de jogar bolas numa bacia, pago à parte, para tentar ganhar uma Peppa de pelúcia para Leti. Em vão.















Almoçamos lá, mas achamos a comida bem meeira.

Depois do almoço, por volta das 14h30m, fiquei no parque de areia com os pequenos, enquanto Samir desbravava o restante do parque para brincar com Lipe. Como o parque não estava muito cheio, Lipe conseguiu brincar em todos os brinquedos categorizados como radicais.











O parquinho de areia, apesar de simples, era muito legal. Mateus se divertiu com outras crianças num trenzinho que tinha um baldinho puxado por uma cordinha, para brincar com a areia. Explorou cavalinhos, escorregadeiras, túneis, casinhas... Leti amou brincar com a areia. Permitiu-se explorar alguns brinquedos mas, a maior parte do tempo, ficou manipulando a areia de diversas formas.

Quando voltaram Samir e Lipe, levei os pequenos à milanesa ao banheiro para um banho de gato antes de partirmos.

No caminho para o banheiro, perdemos a bota de Leti. Samir voltou ao local para procurar, enquanto eu limpava minha pequena e a colocava para fazer xixi. Mas nada.

Acabamos comprando um sapato na lojinha, onde compramos umas bobagens para trazermos de lembrança.

Quando fomos devolver os carrinhos, encontramos a bota de Leti.

Eu AMEI e SUPER RECOMENDO este parque. O Parque da Peppa é lindo! Parece um pedaço do desenho. Adorei a possibilidade dos pais brincarem com os filhos em todos os brinquedos. Foi fundamental para Leti aproveitar melhor, já que ela sempre fica com resistência a entrar nos brinquedos.

Além da parte voltada aos pequenos, lá tem muitas opções para os mais radicais, como também para toda a família. Adorei também os playgrounds e o parque de areia. Permite diversificar a diversão. Achei tudo SENSACIONAL!!!!!!

Só não gostei muito da comida.

Saímos quando o parque estava fechando, às 17h, com todos plenamente felizes.

Como prevíamos, as crianças dormiram o caminho inteiro de volta e recarregaram as energias para a programação noturna no Picaddily Circus: Loja MM´s, exposição da Cinderela e jantar no Rainforest.

Tudo era muito pertinho.

A loja do MM´s, uma tentação! Até para quem não curte a guloseima. Além dos tradicionais mm´s em diversas embalagens e apresentações, a loja é toda decorada com pontos turísticos e personalidades britânicos  tipicamente caracterizados: Beatles na Abbey Road, guardas reais, a rainha Elizabeth, cabine de telefone, ônibus turístico... Tudo isso e um pouco mais se vê por lá. Vale a visita!










Pertinho da loja, estava acontecendo a exposição do filme Cinderela. Soube dela através do blog Londres com Crianças, de onde, inclusive, extraí importantíssimas informações para montar a minha programação na cidade. Estavam exibidas ali réplicas de cenários, figurinos originais, objetos, quadros com cenas do filme, e, o que mais gostei, a abóbora e a respectiva carruagem. Num determinado ponto da exposição, estava a abóbora gigante, dentro da estufa, como no filme, e, ao atravessar o corredor por dentro dela, na saída, nos deparávamos com a outra face de uma carruagem pomposa e reluzente! Linda!

O caminho por entre a abóbora-carruagem nos levava a um salão onde protótipos dos personagens, com os seus respectivos figurinos, simulavam o baile e, ao lado, estava exposto o desejado sapatinho de cristal.















Fomos os últimos a entrar a exposição. No apagar das luzes. Mas visitá-la depois de ver o filme foi mágico. (Detalhe: eu e Samir levamos Leti e Mateus para ver o filme. Antes da metade, eles ficaram impacientes e acabamos saindo. Mas eu e Samir gostamos tanto que resolvemos voltar outro dia para assisti-lo todo. Só nós dois. Só depois fiquei sabendo da exposição). Era o último final de semana de exibição.

Terminamos o dia no Rainforest Café. Tinha feito reserva por internet, mas estava vazio.

Apesar do restaurante estar na Disney, ainda não o conhecíamos.

O lugar parece uma floresta, com planta para todo lado e réplicas de animais selvagens. Vez por outra, os elefantes se mexiam, fazendo seu ruído característico, depois aves e gorilas... Muito divertido!






O restaurante é super kids friendly. Kit de pintura para crianças, cardápio infantil, garçons simpáticos com as crianças. Mas, mais uma vez, não curtimos muito a comida. Não sei se não soubemos pedir ou se realmente nosso paladar não se afinou com a culinária britânica. Lipe não gostou muito da carne, os pequenos, da massa. Todos comeram o suficiente para se alimentar e voltamos de táxi para casa.

Lipe estava dormindo sozinho no quarto sobressalente que tivemos que reservar. Neste dia, como fiquei arrumando as malas até tarde, enquanto todos dormiam, peguei o quarto para mim e dormi como uma pedra até ser despertada no dia seguinte com as batidas de Samir à porta.

Tomamos café da manhã rápido e fomos, com a mala no carro, ao Madame Toussauds, museu de cera.

Estava lotado! Mas nosso ingresso com entrada preferencial viabilizou o nosso acesso. Caso contrário, muito provavelmente não conseguiríamos entrar, já que tínhamos o horário apertado por conta do trem.

Fizemos uma visita dinâmica, com paradas nas réplicas de maior interesse das crianças.

Eu adorei a de Katniss Everden, de Jogos Vorazes. Mateus se amarrou nos super heróis e Leti, sinceramente falando, não curtiu muito o passeio. Acho que por conta do excesso de gente.

Além das impecáveis réplicas, há no espaço uma apresentação em 4D dos Marvel (ma-ra-vi-lho-as), e um passeio num bondinho pela Londres antiga. Super interessante!

Curtimos o que deu, considerando as condições de tempo e interesse das crianças, mas confesso que fiquei com vontade de voltar para apreciar com mais vagar réplicas que não consegui ver direito.











Era hora de seguir para Paris.

Fui embora de Londres com um gostinho de quero mais.

Adorei a cidade! Seu aspecto cosmopolita, associado ao glamour de uma vida da realeza; seus imensos parques, jardins e castelos, o estilo de vida londrino que aproveita intensamente seus espaços públicos e sua segurança...

Nunca tive vontade de morar em outra cidade que não a minha, mesmo com todos os defeitos que ela tem, mas tive vontade de morar em Londres.

Como isso é muito difícil de acontecer, espero poder voltar outras vezes. Sim, no plural. Pelo menos duas. Uma com as crianças, para curtirmos parques reais que não curtimos, para visitarmos os palácios, para vermos a troca de guarda, para explorarmos o Museu de História Natural... E outra com Samir, para visitarmos os incontáveis (e muitos gratuitos) museus, para andarmos de bicicleta, para curtirmos a noite londrina, e explorarmos tudo que a majestosa cidade tem a oferecer.

A sementinha foi plantada...

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...