sábado, 4 de fevereiro de 2012

Te amo... e algo mais

Sobre o TE AMO.

Ontem, depois de 9 dias de pós parto doloroso, comecei a me sentir ótima: sem dores, sem incômodos, sem inchaços...

Aproveitei, então, para dar um pouco mais de assistência a Leti que andava, principalmente, sob os cuidados da babá.

Ontem conseguimos tempo para brincar, para jantar juntas, para ler, para dormir. Só fiquei lhe devendo o colo, que ela constantemente me pede, sem entender que não posso lhe dar (fico de coração partido).

Na hora em que deitamos em sua cama para dormir, ela não escondia sua felicidade, se balançando e repetindo: - "qué dubí com mamãe".

Li uns livrinhos para ela e, quando acabamos, ficamos agarradinhas só nos curtindo.

Foi nessa hora que ela olhou nos meus olhos e disse: - te amo!

Perguntei de novo o que havia dito, porque não acreditava que tivesse escutado certo, e ela repetiu.

Não preciso nem falar a emoção que senti. Normalmente, essa frase é minha, nesses nossos momentos noturnos. Sempre digo e repito diversas vezes que a amo quando estamos juntinhas e agarradinhas e ela, não sei se entendendo ou não o significado do que dizia, usou a frase num contexto mais que adequado e quase matou a mãe de felicidade. 



Sobre o ALGO MAIS: notícias do parto e pós parto.

Como disse antes, meu pós parto não foi dos melhores. Foram 3 partos, com 3 médicos diferentes e, apesar da médica desta vez ter sido disparadamente a melhor, as experiências do parto e pós parto foram as piores.

(Às vezes fico achando que foi um aviso para eu abortar de uma vez por todas a ideia louca de ter um quarto filho rs).

Como disse em alguns posts anteriores, apesar de querer muito, desta vez, ter parto normal, a médica não permitiu, por conta dos riscos a que estaria exposta decorrentes das cesáreas anteriores. Não me restou opção, portanto, que não fosse outra cesárea.

Mas a obstetra não teve qualquer responsabilidade pela má experiência com o parto, e sim o anestesista.

Desde a primeira gravidez, que sempre morri de medo da anestesia. Achava que se não conseguisse ficar parada na hora da picada, ficaria paraplégica (embora não conheça nenhuma história de parturiente que tenha ficado paraplégica por causa de anestesia).

E meu medo foi desmistificado facilmente, já que, tanto no parto de Lipe, como no de Leti, sequer senti a furada da anestesia.

Mas desta vez foi diferente.

O médico, sem exagero, me furou umas 10 vezes para conseguir fazer o bloqueio. E furava, empurrava agulha, e dizia: ih... não ouvi o click. (me mate!).

Minha linda e sensível médica, sentindo o meu pânico, ficou grudada comigo, tentando me confortar, até a hora em que a malfadada anestesia pegou. (eu já estava quase desistindo de parir).

E não foi só isso. Antes da anestesia, ele teve dificuldade de encontrar minha veia para fazer meu acesso venoso. É a primeira vez que isso acontece! Minha veia é super fácil de achar.

Depois que Mateus nasceu, emocionando a mamãe, o papai e a tia Samira que estavam na sala de parto, e as outras 22 pessoas que estavam no vidro do restaurante esperando para ver o seu rostinho, tive um sangramento que descia do abdômen, que fez com que a cirurgia fosse mais demorada, já que a médica quis se assegurar que eu não estava tendo uma hemorragia antes de me costurar de novo.

Nesta hora, senti uma ânsia de vômito terrível, cheguei a virar a cabeça para o lado, esperando o vômito, quando me deram uma medicação que aliviou a náusea e me deixou meio dopada. Depois disso, não lembro de muita coisa mais.

Meus partos sempre haviam sido tranquilos, sem intercorrências. Desta vez, foi diferente!

O pós parto também foi mais doloroso! Sofri de gases por mais tempo e senti dores e ardores no lugar dos pontos, o que foi suficiente para me fazer pensar duas vezes antes de desbravar uma distância de poucos metros em casa. O inchaço do final da gravidez me acompanhou por quase 10 dias, aumentando minha indisposição.

Mas, como tudo na vida passa, meus dissabores também passaram, e desde ontem me sinto ótima! Desinchei, não sinto mais o desconforto dos gases, o intestino voltou a funcionar, os pontos não me incomodam mais, enfim, tudo começa a voltar ao normal.

O único problema agora é esquecer que fiz uma cirurgia e começar a fazer o que não devo.

3 comentários:

Carolina disse...

Amiga, eu também amo vcs!!!! Ao ver esse amor que rodeia essa família!

Carolina disse...

Ops, quis dizer AMO ver esse amor...

aprendendoasermae disse...

Desejo que vc melhore cada vez mais.Um grande beijo!

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