Muita expectativa em torno da
viagem. Quase uma excursão de tanta gente: nós, irmã e família, mãe e pai,
sogra da irmã e cunhado. No total, 13 pessoas.
Muita expectativa em torno do
comportamento das crianças na viagem. Leti e Mateus maiorzinhos. Lipe, um
rapaz.
No aeroporto, para marcar o
início da viagem, Leti fez xixi sentada na cadeira. Momento tenso! Confesso que
fiquei preocupada com o andar da carruagem, e, a pedido dela, acabei cedendo ao
uso da fralda pelo resto da viagem.
Chegamos ao aeroporto de Ezeiza (depois de achar que estávamos prestes a encarar a morte em 3 gerações no avião) às 19h.
Para chegar ao hotel, optamos por
uma vã por conta da quantidade de pessoas. E foi uma boa escolha, que nos
custou 1.600 pesos.
A economia da Argentina está
frágil, achei as coisas muito mais caras que da última vez. Paguei, indignada, R$
9,00 por uma água mineral no aeroporto. Em todo lugar aceitam real, o que
facilita as coisas para os desavisados que chegam ao país sem a moeda local no
bolso. O câmbio no hotel (0,25) foi mais barato que no aeroporto (0,38).
Como chegamos tarde, deixamos as
malas no hotel e saímos, a pé, para jantar. A ideia era parar no Hard Rock Café,
no Buenos Aires Design, a 800m do hotel, mas a espera era de mais de
uma hora e o local estava muito barulhento para os pequenos. Por isso, optamos
por um dos diversos restaurantes do Shopping que, por sinal, para um dia de
quarta feira, estava movimentadíssimo!
Mateus, exausto, dormiu antes da
janta chegar; Leti, além de aguardar e dar cabo de sua comida, voltou alegre,
sorridente e a pé para o hotel, onde só dormiu depois de 1 hora da manhã.
Com Leti, os grandes desafios da
viagem seriam: lidar com o controle dos esfíncteres, com o sono e com sua
resistência ao que não queria fazer.
Em relação aos esfíncteres, o
primeiro dia foi nota 10! Tirou a fralda que ainda usa para dormir ao acordar e
só colocou de novo quando chegamos ao hotel. Usou o banheiro no hotel antes de
sair, no restaurante na hora do almoço (e fez até o número 2) e no Museo de los
Niños. Fiquei emocionada e feliz com a sua postura de mocinha!
Quanto ao sono, a batalha foi
mais dura. Dormiu pouquíssimo da quarta para a quinta, de quase uma da manhã
até às cinco. Depois do almoço estava irritadíssima de sono e foi difícil
manter a decisão de entretê-la para não dormir. Mas deu certo. Só dormiu às
19h, depois da programação vespertina, levou a noite inteira e só acordou às
5:30h.
Fora alguns poucos momentos em
que tentou se jogar no chão, se comportou super bem durante o dia.
Pela manhã, fomos aos Bosques de
Palermo e Rosedal. Sinceramente, não consegui identificar onde começava um e
terminava o outro. Mas não fez a menor diferença. O lugar é espetacularmente
lindo! E, mesmo com o sol de rachar, conseguimos aproveitar bastante! Fizemos
um passeio de charrete ao redor do parque logo ao chegar, por volta de 11h. O
passeio nos deu uma visão panorâmica do espaço para que escolhêssemos o que
queríamos ver com mais tempo, já que é impossível percorrer tudo (principalmente
no calor típico de quase meio dia).
Caminhamos pelo bosque, lanchamos
à beira da lagoa, brincamos com bolinhas de sabão, corremos, andamos de
pedalinho, chupamos picolé, bebemos muita, muita, muita água.
De lá seguimos para almoçar no La
Payuca, sugestão do blog Buenos Aires para Niños (link aqui). O que determinou a escolha
foi o espaço infantil do restaurante. Um brinquedão com piscina de bolinhas,
totó, jogos eletrônicos, mesinhas para desenhar, jogos educativos... A
brincadeira custava 50 pesos, mas o consumo de um prato infantil liberava a
taxa. No restaurante havia a opção de menu executivo, a 129 pesos, salvo
engano. Quase todos foram no tradicional bife de chorizo. A comida é boa, mas
nada de excepcional. Como sobremesa do menu executivo, flã e sorvetes. A melhor
opção foi a que escolhi, o sorvete de doce de leite. Muito bom!O restaurante é grande, bonito,
tem uma comida e um serviço razoável, mas o entretenimento para as crianças
compensa tudo!
De lá fomos ao Shopping Abasto,
visitar o Museo de los Niños.
Já tinham me falado que o lugar
era bom. Mas não imaginei que fosse tanto! Até Lipe curtiu.
Vários espaços temáticos para as
crianças experimentarem diferentes atividades realizadas pelos adultos:
supermercado, banco, lanchonete, tribunal, consultório odontológico, centro de
saúde, rádio, docas, rádio...
Mateus enlouqueceu quando viu o
supermercado. Convencê-lo a sair de lá foi um processo. Fazê-lo entender que
não poderia levar as compras, outro muito pior. Leti, que estava sonolenta por
ter dormido pouco à noite, ficou super acesa! Curtiu o supermercado, o
tribunal, o centro de preparação do leite, o consultório odontológico, a
livraria... Ficou encantada quando viu o livro de João e Maria em espanhol.
Mateus relutava para sair de cada
ambiente, mas quando chegava no próximo curtia até o esgotamento. Foi delicioso
acompanhar a alegria deles e curtir junto com eles. Mateus saiu todo
estropeado: caiu no parquinho externo e ralou a testa, caiu no campinho de
futebol e ralou o nariz..., Lipe se machucou num outro brinquedo e ficou com
uma laranja no cotovelo, mas, no fim, todos saíram felizes da vida!
O lugar é MARAVILHOSO!!!!
Acessibilidade ótima, com rampas
de acesso a todos os lugares, e entrada gratuita para deficientes e
acompanhante, sem burocracia. Levei o atestado de Leti e não pagamos o
ingresso.
Recomendo demais! Montamos corpo
humano, tratamos dentes, levantamos carga, tratamos leite, jogamos bola,
cantamos na rádio, lemos livros... Foi uma experiência sensacional!!!
Samir deu a janta de Leti lá no shopping enquanto eu curtia os últimos instantes com Mateus e, em seguida,
voltamos ao hotel.
Leti chegou dormindo (às 19h) e
só acordou às 5:40h do dia seguinte.
Mateus dormiu por volta de 21h.
E lá se foi o nosso primeiro dia...
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