Acordamos morrendo de medo da
chuva porque a programação do dia era o TEMAIKEN.
Trata-se de um bioparque que
ocupa uma área de 34 hectares (equivalente a 48 estádios de futebol) e está
localizado na cidade de Escobar, a 50 km do centro de Buenos Aires. Foi
inaugurado em 2002 com o objetivo de combinar num só lugar aquelas atividades
normalmente encontradas no Jardim Zoológico, Jardim Botânico, Aquário e no
Museu de Ciências Naturais.
Apesar do dia ter amanhecido um
pouco chuvoso e nebuloso, arriscamos e fomos todos ao passeio.
Fomos de táxi à Praça Itália e,
de lá, pegamos um ônibus (linha 60), para o parque (a parada é em frente ao
parque). Os quatro pequenos – Leti, Teteu, Biel e Lucas – tiraram um bom
cochilo no caminho e nem sentiram passar a hora de viagem.
Chegamos ao parque, que abre às
dez, 11h.
Apesar de ser um domingo, o
parque não estava cheio.
Da mesma maneira que os outros,
Leti e seu acompanhante não pagaram entradas. Menores de 3 anos também não
pagam. Como a área é muito grande, alugamos carrinho para Teteu (45 pesos) e
cadeira de rodas para Leti (25 pesos), e foi providencial!
O Temiaken é uma espécie de
zoológico, mas não como os tradicionais. O espaço é bem mais amplo e eles têm
um cuidado de proporcionar aos animais tudo quanto possível que os aproximem ao
seu habitat natural.
Quando chegamos estava tendo uma
atividade na área dos suricatos. No início, uma funcionária dava informações
sobre o animal e sobre seu comportamento no habitat natural e depois convidava
os presentes a alimentá-los de uma maneira especial. O alimento (pequenos
insetos) eram acondionados em tubos de papelão, tapados por palha nas duas
extremidades, e entregue a outro funcionário que o colocava em diferentes
lugares no seu espaço, de modo a dificultar o acesso. Segundo ela, a atividade
busca simular a procura do alimento na natureza e ajuda a manter os animais
física e mentalmente saudáveis. Foi super divertido!
Além dos animais e da linda e
ampla área verde, várias atividades são feitas com os animais ao longo do dia.
Pudemos acompanhar a dos suricatos e a das aves de rapina.
A variedade de animais é muito
grande e alguns bem diferentes dos que vemos por aqui. Eles ficam divididos por
regiões: Africa, Ásia, Mesopotamia e Patagônica.
O aquário é lindo e lembra um
pouco o de São Paulo, com uma parte do teto de vidro, e animais nadando sobre
nossas cabeças. Os meninos ficaram encantados com a diversidade de animais
marinhos exposta.
Vimos também grandes felinos,
inúmeros morcegos (de arrepiar), cangurus, aves lindas, primatas...
Em muitos lugares, havia
parquinhos que convidava os pequenos ao deleite e acabava atrasando o nosso
passeio pelo local. Era difícil convencê-los a ir ver outros animais...
Há também uma granja, onde as
crianças têm a possibilidade de pentear os cabritos e alimentar as galinhas,
que é cercada por uma linda e apetitosa horta.
Ao contrário do Parque da Costa,
lá há diferentes tipos de restaurantes, com opções de carne, saladas, massas,
sanduíches, pizzas, sendo mais fácil encontrar algo que agrade o paladar dos
pequenos.
Optamos pelo restaurante de
massas, que tinha uma comida razoável, um preço justo, e um parquinho de
madeira sensacional, que agradou de Mateus a Felipe. Passamos boa parte do
nosso tempo ali.
É passeio para um dia inteiro!
Saímos do parque às 16h, pegamos o mesmo ônibus, mas, não sei porque, o trajeto
demorou o dobro do tempo.
Como as crianças dormiram de
novo, resolvemos sair para jantar no La Caballeriza, restaurante que conhecemos
na última viagem a Buenos Aires, e que, à época, ficava em Porto Madero. Fomos
em busca da melhor sobremesa que tínhamos experimentado na cidade: a taça
telescópica.
A sobremesa mudou de nome, agora
é copa yatastato (salvo engano), mas continua magnífica (uma mistura de doce de
leite, sorvete de creme, mousse de chocolate, algo mais que esqueci e nozes).
De comer rezando!
Lá variamos um pouco o pedido e
resolvemos provar a parrillada, o churrasco argentino, uma espécie de mistão.
Eu, sinceramente, não morri de amores. Prefiro selecionar a carne que quero
comer. Mas valeu para conhecer.
O restaurante não tem estrutura
para crianças e não pareceu muito simpático aos nossos “anjinhos”, embora não
tenha havido cara feia, nem reclamações. Mas não é o que poderia ser chamado de
kids friendly.
Pelo menos matei o desejo da
minha sobremesa!
Um comentário:
Bem que aqui poderia ter um parque assim multi temático né? Espaço não falta, por exemplo, o Parque de Pituaçu. Mudando para o assunto gastronomia, fiquei com água na boca com a sobremesa, tirou foto?
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