O programa reservado para o
segundo dia da viagem foi o Parque de La Costa, na cidade de Tigre.
O parque abre às 11h e, para
chegar lá, pegamos um trem na estação Retiro (108 pesos os ingressos de ida e
volta das 7 pessoas pagantes – menores de 3 anos não pagam) e uma hora depois
chegamos ao nosso destino.
A viagem é tranquila, o trem,
novinho e, a cada parada, novos ambulantes apresentavam seus produtos à venda:
duas caixinhas de chicletes trident (beldent); chocolate classic Nestlé 170g,
velas natalinas aromáticas, meias, livros infantis... Tudo a um mesmo preço: 10
pesos!
Tanto na ida como na volta,
artistas animaram o trajeto com suas músicas. Na ida, um senhor com deficiência
visual tocava sanfona, e, na volta, uma dupla tocava um rock´n roll bastante
animado.
Mateus fez um show à parte, dançando agitadamente pelo vagão. E, a
cada nova apresentação num vagão diferente, lá ia ele apresentar a sua
performance, arrancando sorrisos simpáticos dos passageiros.
Da estação Tigre para o parque
vai uma caminhadinha razoável que, debaixo do sol quente, parece dobrar o
tamanho. Leti reclamou um pouco no caminho e, vez por outra, parávamos para
descansar.
Mas voltando ao parque.
Trata-se de um parque de
diversões. O maior da Argentina. Com brinquedos mais radicais para os
corajosos, e outros mais tranquilos para os pequenos.
Há 4 preços de passaportes,
incluindo atrações diferentes. Peguei o básico para todos, exceto para Lipe,
para quem comprei o passaporte que dava acesso às montanhas russas. Há um preço
reduzido para quem leva 1kg de alimento não perecível e para deficientes. Vale
à pena! Compramos os alimentos nas proximidades, a 15 pesos cada.
Chegamos no parque por volta de
meio dia e pegamos o sol ainda pior que o normal. Bebíamos água o tempo inteiro
e a sede parecia não passar. Protetor solar é item obrigatório nesta época do
ano. Boné também teria sido apropriado, mas não levamos.
O parque aquático não estava
funcionando.
Como sabíamos que o parque era
grande, alugamos um carrinho para Mateus e pegamos emprestada uma cadeira de
rodas para Leti. Foi a primeira vez que Leti usou a cadeira. No início, ficou
resistente, mas depois percebeu que era para seu próprio conforto e ficou bem.
Os brinquedos são bem legais. Os
três curtiram bastante! Lipe foi nas atrações mais radicais, Leti e Mateus nas
destinadas aos menores, e ainda conseguimos brincar juntos em alguns momentos,
como na roda gigante. Leti ainda pôde assistir a uma apresentação da Cinderela
e outra da Bela Adormecida.
Na primeira, fomos todos. Na
segunda, foi só com Samir.
Impressionante como ficou atenta
à história, curiosa com a língua espanhola. Neste dia cantarolou parabéns pra
você em espanhol, que tinha ouvido uma única vez no dia anterior, no
restaurante em que almoçamos. Sua habilidade com línguas é algo que precisa ser
estimulado sempre.
O que definitivamente não gostei
no parque foi a gastronomia.
Vi apenas uma lanchonete, de fast
food, com hambúrgueres, fritas e bebidas gaseificadas e eles ainda fiscalizam
bolsas na entrada para não entrarem com alimentos e bebidas no parque. Ou seja,
querem nos obrigar a consumir a porcaria que comercializam.
Pedi cheeseburgueres para todos.
Eu, Samir e Lipe comemos. Mateus não se deu ao trabalho nem de experimentar. E
Leti, que nunca comeu hambúrguer na vida, ficava mordiscando as beiradas do pão
até quando percebi que não queria a carne e a tirei, deixando do lado. De vez
em quando, ela pegava, ameaçava comer, encostava na língua, depois afastava.
Até que jogou no chão. Resultado: passou o dia a pão e água, literalmente (e uns picolés que
autorizamos para amenizar, com sabor, o calor que fazia).
Leti, que não gosta muito de
parques, se divertiu nos brinquedos que usou; Mateus se esbaldou do lado dos
primos; e Lipe se divertiu tanto nos brinquedos direcionados a sua idade, como
nos mais bobinhos, ao lado dos irmãos e primos.
Foi uma tarde cansativa, mas
feliz!
Demos a janta das crianças no
hotel (comida de verdade), as colocamos para dormir cedo e fomos, eu, Samir e
Lipe, ao Cabaña Las Lilas, em Puerto Madero, jantar. O vovô, sempre disposto a
cuidar dos netos, ficou de babá.
Já conhecíamos o restaurante de
uma viagem anterior e ficamos satisfeitos de retornar e perceber que a
qualidade da comida e do serviço continua impecável!
Foi um momento gostoso para curtir
apenas nosso primogênito!
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