O terceiro dia da nossa viagem
amanheceu chuvoso. A programação era zoológico de Buenos Aires e Museo
Prohibido No Tocar.
Por conta da chuva, fizemos
alguns ajustes.
Já havia dito a Leti que
compraríamos livros em espanhol para ela. Quando vi no blog viajando com pimpolhos as
informações desta livraria, juntei o útil ao agradável!
A livraria funciona num teatro
centenário, o Gran Splendid, antigo palco de shows de tango que se transformou
em cinema com plateia para 500 pessoas e no ano de 2000, foi reformado e virou
a maior livraria da rede El Ateneo. O lugar é realmente esplendoroso: um
ambiente clássico grandioso com 4 arquibancadas laterais iluminadas, uma cúpula
pintada pelo artista italiano Nazareno Orlandi, que representa uma festa para o
final da Primeira Guerra Mundial e um palco com cortinas. Os livros não
poderiam ter cenário mais impactante!
No subsolo, a área destinada às
crianças. Tantos títulos que ficava difícil localizar algo específico.
Enquanto eu garimpava, papai lia
(ou pelo menos tentava) um livro de Frozen para Leti, e Mateus se divertia com
Lipe.
Compulsiva como sou, acabei
comprando vários livros para a pequena. Todos de histórias que conhece, para
facilitar a compreensão da língua estrangeira. Comprei também 2 cd´s de músicas
infantis para ouvirmos juntas. E lápis e canetinhas crayola, que não acho no
Brasil.
Depois das compras, fizemos um
lanche no Café da livraria (não dei muita sorte nas escolhas, a não ser no
sorvete de doce de leite que acompanhou o brownie) e voltamos para o hotel para
nos livrarmos do peso.
De lá seguimos para o shopping
Abasto, para as crianças brincarem no parque Neverland, pois a chuva
continuava.
O parque tem dois andares. O
primeiro bem parecido com estes de shopping, embora bem mais amplo. O segundo
com uns brinquedos de parques de diversões maiores: mini roda gigante, simuladores,
submarino, mini montanha russa, barco vicking...
Eu, na verdade, não tenho muita
paciência para estes parques de shopping. Samir curte muito mais com as
crianças. Mas esse é lindo! E como não é amontoado como normalmente são os de
shopping, é também menos barulhento.
Insisti com Leti para irmos no
Barco Vicking. Os brinquedos maiores do segundo piso tem hora certa para
funcionar, normalmente de 20 em 20 minutos (parece que tem um único operador
para todos). Tinha visto o submarino ligado e minha intenção era levá-la lá,
mas quando fui, avisaram que o próximo a funcionar seria o tal barco. Maldita
hora em que insisti. Leti é um pouco ambígua com os brinquedos de movimento
mais rápido. Pede para ir e na hora desiste. A sensação que tenho é que tem
medo de encarar mas, uma vez iniciado, curte. Apostei nisso.
Mas dessa vez foi diferente!
Tinham crianças menores que ela no brinquedo. Mas, para ELA, foi demais! Ele
ficou tensa, grudada em mim e Lipe o tempo todo. Pedindo para sair. Morri de
arrependimento por não ter mandado parar. Depois que saiu ficou chorosa um
tempão, querendo ir para o hotel, para casa..., só queria sair dali. E eu MORTA
de arrependida, lhe pedindo mil perdões e combinando que não faria isso nunca
mais. Partiu meu coração. Até para mim o brinquedo foi demais. Fiquei tão
enjoada que não consegui almoçar (o que não aconteceu com ela).
Demos almoço para ela e Mateus no
shopping, na intenção de retornar ao hotel para eles dormirem um pouco e
sairmos no final da tarde. Lipe foi almoçar no Hard Rock Café com os tios.
Depois do almoço, levei Leti ao
banheiro e, assim que se sentou no vaso, me olhou com um sorrisinho singelo e
disse: “- agora estou feliz!”
Dei um abraço gostoso, me
desculpei de novo e renovamos o combinado de não submetê-la a algo parecido
nunca mais.
Como previsto, chegaram dormindo
ao hotel e dormiram por mais de duas horas.
Quando acordaram, fomos ao
Prohibido no Tocar, museu participativo de ciências, no Centro Cultural
Recoleta, a 800m do hotel.
O lugar parece um pouco o Museu
Catavento e é indicado para crianças maiores de 4 anos.
Leti não estava muito receptiva
ao programa (acho que ainda por conta do trauma do parque da manhã). Mateus,
apesar de não entender exatamente o objetivo das experiências, curtiu bastante
coisa. Mas, dos três, sem dúvida, Lipe foi quem mais aproveitou. Apesar da
preguiça de ler as instruções em espanhol, com a desculpa de não entender a
língua, ele tocou em muita coisa e vivenciou várias experiências interessantes.
Eu acabei saindo mais cedo, para
acompanhar Leti, que estava visivelmente irritada.
Tomamos um suco no café do térreo
e curtimos uma exposição linda de esculturas ali mesmo.
Depois, passeamos pela Praça
Recoleta, onde artesões vendiam seus produtos em barracas e um senhor tocava
uma música que chamava atenção de todos ao redor.
É o tipo de passeio que gosto de
fazer. Lugar lindo, famílias juntas, música, liberdade, área verde, espaço para
as crianças correrem e, para brindar o cenário, um lindo arco íris.
Fomos no Starbucks para Lipe
matar a vontade do chocolate quente e seguimos para jantar em Puerto Madero.
Por sugestão do taxista, paramos
no Estilo Campo, no extremo oposto ao Las Lilas. Nem sabia que Puerto Madero
era tão grande...
O enorme restaurante tem
decoração regional, com uma espécie de fogueira na vitrine de entrada, com os
espetos de carne assando, que encantou tanto Leti como Teteu.
Apesar de ter um espaço reservado
para crianças, sentimos um forte acolhimento por todos. Giz de cera e desenhos
para colorir foram oferecidos para entreter as crianças.
O bife de chorizo estava
delicioso, no mesmo padrão do Las Lilas, e pela metade do preço. Valeu muito à
pena! Foi a escolha de Samir e Lipe, que acabei experimentando.
Eu pedi um risoto açafranado com
vegetais e frango. Samir quase me mata! (rs) Mas estava simplesmente
MARAVILHOSO!
Adoramos a sugestão e voltamos para
o hotel super satisfeitos para finalizar a noite.
3 comentários:
Eu, assim como Leti, odeio estes brinquedos que saem do chão, que vai e vem...fico estressada, enjoada....RS
O bife de chorizo é de qual bicho? Todos que vão à BA falam que comeu. É como se fosse um churrasco?
A carne é de boi, Pri. A parrilla é que equivale ao churrasco lá.
Ai, Jana, eu detesto esses barcos! Vou até em outros, mas nele não rola... :( Mas não se preocupe, talvez agora a própria Leti seja mais incisiva nos seus nãos.
Fomos a BA em junho, no inverno, e o parque aquático do Parque de la Costa estava funcionando - para ninguém... vai entender. Tinha que estar funcionando no verão!
Bjs e estou acompanhando tudo.
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